A LG Electronics tomou a decisão de sair do mercado das telecomunicações móveis, após vários anos de perdas nesta área de negócio, registadas desde o segundo trimestre de 2015 e acumuladas no valor de 4.434 milhões de dólares.
Com esta opção estratégica, a LG procurará dedicar mais recursos a outras áreas em crescimento, como os componentes para veículos elétricos, os dispositivos conectados, as casas inteligentes, a robótica, a inteligência artificial e as soluções e serviços B2B.
No seguimento desta decisão, a LG deixará de colocar no mercado novos modelos de smartphones, mas os já produzidos continuarão a estar disponíveis para compra e com todas as funcionalidades atuais de aplicações de terceiros. A marca sul-coreana continuará, também, a dar suporte aos utilizadores de dispositivos móveis, quer ao nível do pós-venda, quer respeitando a política de atualizações de software e de sistema operativo, durante um período de tempo que variará consoante a região. No caso da União Europeia, conforme estabelece a legislação, o suporte será de até 24 meses.
A data de encerramento oficial do negócio de telecomunicações móveis prevê-se que seja o próximo dia 31 de julho. No seguimento deste anúncio, a LG informou que não irá estar presente na edição deste ano do Mobile World Congress de Barcelona.
Trajetória descendente
Em 2019, a LG fabricou 8,9 milhões de smartphones, 21% menos que no ano anterior. Os dados da IHS Market, recolhidos antes da pandemia, indicam que, então, a quota de mercado da LG não ultrapassava os 3%, descendo ano após ano e colocando-se atrás de concorrentes como Samsung, Huawei, Oppo, Apple, Xiaomi e Vivo.