Durante o primeiro confinamento, impossibilitados de participar em convívios sociais com amigos e família, os portugueses contornaram o afastamento social com happy hours virtuais ou com a partilha de vinhos, através dos ecrãs dos telemóveis, tablets e outros dispositivos móveis. Foi nestas circunstâncias que as amigas Sofia Lencastre e Pureza Champalimaud decidiram criar a marca de vinhos Pânico.
“Estávamos em plena pandemia e, durante um jantar, decidimos criar o projeto Pânico Wines. As nossas famílias são produtoras de vinho e, embora conhecêssemos, em primeira mão, desde as nossas infâncias, a beleza e o trabalho árduo por trás da indústria e da cultura do vinho, a verdade é que sabíamos muito pouco sobre este negócio”, revelam.
A designação Pânico não é inocente. Sofia Lencastre e Pureza Champalimaud optaram por recorrer ao humor quando decidiram o nome deste projeto. “Estávamos ambas fartas do ambiente de medo e pânico que se instalou, um pouco por todo o lado, e como somos bem-dispostas e encaramos a vida com um otimismo ponderado, entendemos que o humor tinha de estar presente neste projeto”.
Disponível apenas em versão Magnum
Menos inocente ainda é o tamanho da garrafa – Magnum (1,5 litros) – que foi assumidamente escolhida por ser o ideal para quem gosta de juntar amigos à mesa e receber em casa.
A primeira edição do Pânico tem origem na região dos Vinhos Verdes e é produzido com as castas Avesso e Loureiro. Enquanto o Avesso cria vinhos com um teor alcoólico reduzido, o Loureiro é uma casta que acrescenta frescura e toques cítricos ao vinho, fazendo lembrar alguns Riesling.
A produção inicial foi apenas de 550 garrafas e mais de metade delas já foi vendida. Para o futuro, Sofia Lencastre e Pureza Champalimaud prometem lançar mais novidades. “Achamos que o vinho pode ser uma herança ousada. Respeitamos a cultura familiar e tradicional do vinho, mas queremos que o Pânico seja um reflexo e uma extensão da nossa personalidade: positivo, cativante, curioso e avant-garde”.
