A pandemia está a ser uma oportunidade única para as lojas online. E, embora o estado de emergência tenha sido alterado, acredita-se que a tendência para comprar online se vá manter.
Durante esta pandemia, já se atingiram números surpreendentes. Segundo os resultados de um estudo, o número de compras online cresceu em 289% e o número médio de lares a comprar cresceu em 244%.
No Google, a pesquisa pelo termo “como comprar online” teve uma subida acentuada durante a quarentena, o que também prova a curiosidade crescente por esta forma de compra.
Mas este crescimento, ao contrário do que possa pensar, não se deve, apenas, à subida do número de compras em supermercados. Várias lojas online estão a beneficiar deste aumento de vendas. O mercado religioso, por exemplo, está a ter mais procura no online. Tem dúvidas?
A religião durante a pandemia
As missas deixaram de ser celebradas, a Páscoa, para muitos, nem foi passada em família e a, 13 de maio, Fátima não se reconhecia. Mesmo assim, a procura no sector religioso subiu.
Foram várias as figuras religiosas que aproveitaram o online para se ligarem a fiéis de todo o mundo. O Papa Francisco, por exemplo, pediu que se juntassem à missa online, principalmente na Páscoa. O mesmo aconteceu em Fátima, onde foi feita uma transmissão em direto.
A nível de números, a procura pelo termo “missa online” no Google cresceu, principalmente, durante a quaresma. Outro crescimento interessante foi na procura pelo termo ‘terços’, que teve o seu ponto mais alto de pesquisas no período de 29 de março a 4 de abril, quando comparado aos últimos cinco anos.
A realidade é que, neste momento desafiante, muitos portugueses precisaram de manter a esperança. Alguns, inclusivamente, quiseram manter os presentes da Páscoa e aproveitaram as lojas online para que a entrega fosse feita em casa dos familiares em segurança.
Produtos em alta durante o mês de maio
De acordo com a Holyart.pt, o maior portal online especializado na venda de artigos religiosos e obras de arte sacra na Europa, sentiu-se um aumento nas vendas durante a pandemia, nomeadamente velas e terços.
No mês de maio, as velas foram os produtos mais vendidos, pois a peregrinação sofreu alterações devido à pandemia. Apesar da falta de pessoas em Fátima, as velas acesas encontravam-se nas janelas de fiéis em todo o país.
Quer vender mais na pandemia? Siga estas 3 dicas
1. Mantenha uma entrega segura e em casa
Alguns portugueses já voltaram à sua vida “normal”, mas outros continuam a trabalhar a partir de casa e a ter em conta as regras da quarentena. Sendo assim, se o seu negócio mantiver as entregas ao domicílio de forma segura, a sua loja vai continuar a vender.
Lembre-se, ainda, que os clientes devem ter uma excelente experiência com o seu negócio! Dessa forma, irão passar a experiência a amigos, familiares e, até, nas redes sociais.
2. Aproveite as redes sociais para manter a comunicação
As redes sociais são o ponto de encontro entre a loja online e os consumidores. Sendo assim, mantenha uma comunicação consistente, com foco no consumidor e respeitando, sempre, o “branding” da loja.
Não precisa de estar em todas as redes sociais, invista nas que fizerem mais sentido para o seu negócio.
Por exemplo, recentemente, abriu uma nova livraria em Portugal. Essa livraria já tem uma conta no Instagram, um canal no Youtube e, arriscamos dizer, já está à frente de muitas outras livrarias portuguesas.
Tenha uma estratégia de comunicação e siga-a de forma consistente.
3. Parcerias podem salvá-lo neste momento
Não pode entregar ao domicílio? Crie uma parceria com outras lojas online ou com empresas de entrega. Grandes empresas também o estão a fazer.
A Uber Eats, por exemplo, fechou novas parcerias durante a pandemia. Alguns restaurantes e pastelarias continuaram a vender a clientes habituais – e não só – durante a quarentena e a entrega era feita pela Uber Eats em casa dos mesmos.
Em plena quarentena, muitos dos conteúdos publicados informavam os clientes de que já era possível a entrega ao domicílio devido à parceria com a Uber Eats.
Não sabemos se Portugal terá outra quarentena, em breve, mas temos a certeza de que as portas para as compras online foram abertas aos portugueses.