A região do Alentejo, a maior produtora nacional de azeite, espera fortes quebras na produção de azeitona, uma vez que a seca antecipou a maturação do fruto.
“A azeitona ainda está em processo evolutivo, mas, no que toca ao estado geral do fruto, que é o que se vai repercutir na quantidade, a situação não está famosa, não vislumbramos grande produção no olival de sequeiro. As oliveiras estão carregadíssimas, têm muita azeitona e os ramos até dobram, parecem choupos, de tão carregadas que estão. Mas, numa situação de seca, o que vai acontecer é que a azeitona vai cair para o chão, mesmo sem atingir o estado de maturação, e acaba por ser azeitona perdida”, explica Luís Crisóstomo, da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos.
Não sendo ainda calculado o decréscimo, o aparecimento de chuva nos próximos dias poderá ajudar a minimizar os estragos.
A seca afeta, atualmente, cerca de 81% do país, em particular o Alentejo, onde se produz entre 70% a 80% do azeite nacional.