Richard Broadbent, presidente da Tesco, vai deixar o maior retalhista britânico, no seguimento do escândalo financeiro onde a empresa está envolvida.
Concretamente, soube-se agora que as irregularidades contabilísticas começaram mais cedo do que o anteriormente anunciado e que continuarão a ter impacto nos resultados da empresa na segunda metade do ano.
No mês passado, a Tesco confirmou que os seus lucros estavam inflacionados em 250 milhões de libras, anúncio que levou os seus principais acionistas, incluindo o milionário Warren Buffet, a reduzir a sua participação na empresa. Sabe-se agora que os lucros estavam inflacionados em 263 milhões de libras, com mais de metade deste valor a datar do início do ano. Valor cuja correção resulta numa queda de 92% nos lucros do primeiro semestre.
A discrepância nos lucros deve-se à contabilização de receitas antes de serem recebidas e de custos após terem sido contraídos. A consultora Deloitte já terminou a sua auditoria às contas da Tesco e os resultados da investigação serão entregues às autoridades fiscais britânicas.