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Preços globais dos alimentos atingem máximos desde abril de 2023

Impulsionados por óleos vegetais e lácteos

Foto Shutterstock

Os preços mundiais dos alimentos aumentaram em novembro, atingindo o nível mais elevado desde abril de 2023, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

O índice de preços dos alimentos da FAO registou uma média de 127,5 pontos, representando um aumento de 0,5% em relação a outubro e de 5,7% face ao mesmo período do ano anterior.

 

Subidas e descidas

O índice de preços dos óleos vegetais subiu 7,5% em novembro, atingindo 164,1 pontos, o nível mais alto desde julho de 2022. Este aumento deve-se às preocupações com a produção de óleo de palma, afetada por chuvas excessivas no sudeste asiático, e à elevada procura global por óleo de soja.

Os produtos lácteos também registaram um aumento de 0,6% em novembro, com destaque para a manteiga, que alcançou um novo máximo histórico, e o queijo, cujos preços também subiram.

Em contraste, o índice de preços dos cereais caiu 2,7% em novembro, devido à diminuição dos preços do trigo e do arroz.

O índice do açúcar registou uma queda de 2,4%, após dois meses de aumento, enquanto o índice da carne desceu 0,8%, com reduções nos preços da carne de porco, ovino e aves.

 

Perspetivas futuras

Apesar do aumento recente, o índice geral de preços dos alimentos permanece 20,4% abaixo do pico alcançado em março de 2022. No entanto, as flutuações nos preços dos alimentos continuam a ser uma preocupação global, especialmente para países de baixo rendimento que dependem de importações para a sua segurança alimentar.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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