Os alimentos tornaram-se um dos principais motores da inflação na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) desde a crise da Covid-19.
Entre dezembro de 2019 e agosto de 2025, os preços aumentaram, em média, 45,8% nos 38 países membros, segundo dados divulgados pela organização.
A evolução, contudo, é extremamente desigual: enquanto alguns países registaram subidas moderadas, outros enfrentaram incrementos sem precedentes.
Turquia ultrapassa 790% de aumento nos alimentos
A Turquia lidera a lista com um aumento acumulado superior a 790% nos preços dos alimentos.
Outros países com fortíssimos aumentos foram a Colômbia e a Hungria, ambas com subidas próximas dos 80%; a Estónia (50%); a Polónia (47,5%); a Lituânia (43,1%); a Eslováquia (40%); o Chile (39,2%) e a Letónia (39,1%).
No extremo oposto, a Suíça registou apenas 6,9% de aumento, o menor entre todos os países da OCDE.
Inflação geral também disparou nos países mais afetados
Os países com maiores subidas nos alimentos foram também os que registaram a mais elevada inflação global entre dezembro de 2019 e agosto de 2025. A Turquia surge novamente como o caso mais extremo, com uma inflação acumulada de 640,5% no período analisado. Hungria, Estónia, Polónia e Colômbia também estão no topo das subidas generalizadas de preços.
Em agosto de 2025, a inflação interanual na OCDE manteve-se em 4,1%, o mesmo valor do mês anterior. No entanto, os alimentos voltaram a acelerar, passando para 5%, mais cinco décimas que em julho.
A subida foi especialmente sentida na Colômbia, onde os alimentos aumentaram 6,1% em termos homólogos (face a 4,9% em julho).



