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Preços dos alimentos descem ligeiramente em agosto

O índice mundial de preços dos alimentos das Nações Unidas diminuiu ligeiramente em agosto, mostram os dados mais recentes, uma vez que os preços mais baixos do açúcar, da carne e dos cereais mais do que compensaram os preços mais elevados dos produtos lácteos e dos óleos vegetais.

O índice de preços, compilado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), para acompanhar as “commodities” alimentares mais negociadas globalmente, caiu para 120,7 pontos, em agosto, relativamente ao índice revisto de 121 de julho.

O índice da FAO atingiu um mínimo de três anos em fevereiro, com  os preços dos alimentos a recuarem de um pico recorde estabelecido em março de 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia. O valor de agosto ficou 1,1% abaixo do homólogo de 2023 e 24,7% abaixo do pico de março de 2022.

 

Subíndices

O subíndice de preços dos cereais registou 110,1 pontos em agosto, num recuo de 0,6 pontos (0,5%) comparativamente a julho e de 14,9 pontos (11,9%) em termos homólogos.

Já o subíndice de preços dos óleos vegetais atingiu 136 pontos no mês passado, mais um ponto (0,8%) que em julho e alcançando o nível mais alto desde janeiro de 2023.

Na carne, as cotações alcançaram a média de 119,5 pontos, menos 0,9 pontos (0,7%) que em julho, mas 4,3 pontos (3,7%) acima do valor de 2023.

O relatório mostra, ainda, que o subíndice de preços dos lácteos atingiu os 130,6 pontos em agosto, mais 2,8 pontos (2,2%) que julho e 16,3 pontos (14,2%) que no mesmo período de 2023.

Finalmente, de acordo com a FAO, o subíndice de preços do açúcar foi de 113,9 pontos, menos 5,7 pontos (4,7%) que em julho e 34,3 pontos (23,2%) abaixo de 2023, atingindo o menor valor desde outubro de 2022.

 

Perspetivas

Num relatório separado, a FAO reduziu sua previsão para a produção global de cereais em 2024 em 2,8 milhões de toneladas, colocando-a quase no mesmo nível da produção do ano anterior.

Por sua vez, a previsão para a utilização mundial de cereais, em 2024/25, foi reduzida em 4,7 milhões de toneladas face a julho, refletindo um aumento de 0,2% relativamente a 2023/24.

A agência também reduziu sua previsão para os stocks mundiais de cereais em 4,5 milhões de toneladas, para 890 milhões.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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