Os Estados Unidos da América (EUA) e a China podem vir a tornar-se uma superpotência em 2030. Esta é a opinião de 76% dos portugueses, de acordo com a sondagem global da Associação Gallup International (GIA) e da Intercampus a nível nacional. A análise foi feita em 37 países nos vários continentes.
Ainda que seja recente a tomada de posse do 47º Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, os resultados do inquérito reforçam a opinião de que o país é uma das principais potências do mundo, com uma das maiores economias, em termos de Produto Interno Bruto (PIB), e um dos sectores tecnológicos mais evoluídos no mercado. A grande maioria dos portugueses também concorda que a China é outra das grandes potências em destaque.
Bloco europeu não é visto como uma superpotência
Já a Rússia divide opiniões, com apenas 34% dos portugueses a referir que o país tem capacidade para se tornar uma superpotência global nos próximos cinco anos. Estas respostas contrastam com os esforços do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, para aumentar a presença internacional do país e estreitar relações com os aliados não ocidentais.
Ao nível da Europa, o potencial poder da Comissão Europeia é questionado, com 48% dos portugueses a afirmar que o bloco europeu não vai ser uma superpotência em 2030. Esta opinião é igualmente partilhada em relação ao Reino Unido, com a grande maioria dos inquiridos (62%) a defender que o país também não vai ser uma das potências de destaque no futuro próximo.
“Os resultados desta sondagem reforçam uma perceção consolidada sobre o poder global nos próximos anos, sublinhando a importância da competitividade económica, inovação tecnológica e diplomacia internacional na construção das superpotências do futuro”, refere António Salvador, diretor geral da Intercampus.
A nível mundial, o cenário é semelhante a Portugal, com uma média global de 61% dos inquiridos a afirmar que os Estados Unidos vão ser uma superpotência em 2030 e 63% de respostas a favor da China como forte candidata à superpotência nos próximos cinco anos. No entanto, em relação à Rússia, a perceção global fica mais equilibrada, com 41% do total da amostra a referir que o país vai ser uma superpotência global em 2030, contra os 42% que afirmam que tal não se vai verificar.