As vendas dos bens de grande consumo apresentaram um crescimento de 1% em volume e um efeito-preço de 1,6%, totalizando um aumento em valor de 2,7%, uma evolução superior ao da média europeia, que apresentou um crescimento de 2,4%.
Os dados são do relatório “Growth Reporter”, desenvolvido pela Nielsen, referente ao segundo trimestre.
Portugal está entre os sete países europeus que mais cresceram em valor, seguindo mercados como a Turquia, Hungria, Irlanda, Polónia, Suécia e Espanha. “Neste trimestre, os bens de grande consumo crescem de uma forma equilibrada entre volume e efeito-preço, demonstrando que os consumidores estão a comprar mais e estão a comprar mais caro. Este é o cenário mais positivo que poderíamos verificar, especialmente quando este dinamismo se regista sobre um período homólogo que já estava a crescer 6,1% em valor”, explica Ana Paula Barbosa, Retailer Vertical Director da Nielsen.
No acumulado do primeiro semestre, em Portugal, os maiores crescimentos em valor foram nas categorias dos congelados (5%) e mercearia (5%), tendo as bebidas alcoólicas e os lacticínios crescido 3% e as bebidas não alcoólicas, higiene pessoal e higiene do lar 1%. “Num país em que o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é a principal preocupação, a conveniência é uma das principais tendências, não só no crescimento dos formatos de loja mais pequenos, como também nas categorias de produto mais dinâmicas. O crescimento dos congelados é um indicador disso mesmo”, defende Ana Paula Barbosa.
No primeiro semestre, o destaque foi para as marcas de fabricante, que cresceram 3,5%. As marcas da distribuição registaram um aumento de 3%. Segundo Ana Paula Barbosa, “neste mercado tão dinâmico e valioso, o foco das marcas e retalhistas deve ser a qualidade e inovação dos produtos e serviços, oferecendo aos consumidores um conjunto de opções que contribuam para uma alimentação saudável, bem-estar, poupança de tempo, simplicidade e conveniência”.