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Portal da Queixa recebeu mais de 192 mil reclamações em 2022

Média de 526 por dia

O Portal da Queixa recebeu mais de 192 mil reclamações, em 2022, naquele que foi o nono ano consecutivo de crescimento da plataforma, tendo registado um crescimento de 9,61% face a 2021.

Os consumidores portugueses registaram uma média de 526 reclamações por dia. Correio, transporte e logística, serviços e administração pública e comunicações, TV e media foram os sectores mais reclamados.

O ano que passou fica ainda marcado pelo contínuo aumento das queixas relativas às burlas online, mais reclamações no sector da saúde e também mais queixas dirigidas aos serviços públicos.

O perfil do consumidor que mais reclamou é mulher, com idade média de 40 anos e residente em Lisboa.

 

Pressão sobre o sector das encomendas

Embora o ano 2022 representasse o regresso à normalidade, verificou-se que o comércio eletrónico continuou a registar uma grande adesão dos consumidores e, consequentemente, o aumento da pressão gerada sobre o sector das encomendas. Assim, de acordo com a análise do Portal da Queixa, a categoria de correio, transporte e logística manteve o primeiro lugar de 2021, tendo sido a mais reclamada pelos portugueses, com um total de 15.721 queixas recebidas.

No top 10 das categorias com o maior número de reclamações seguem-se os serviços e administração pública (13.569), comunicações, TV e media (10.749), informática, tecnologia e som (10.315), bancos, financeiras e pagamentos (7.843), transportes públicos, aluguer e condução (7.361), compras, moda e joalharia (6.077), água, eletricidade e gás (5.984), hotéis, viagens e turismo (5.084) e mobiliário, decoração e eletrodomésticos (4.418).

Segundo os dados analisados, as categorias com maior variação de crescimento de queixas, em relação a 2021, foram informática, tecnologia e som (uma subida de 29%), transportes públicos, aluguer e condução (73%), bancos, financeiras e pagamentos (29%) e hotéis, viagens e turismo (9%). A destacar a categoria de transportes públicos, aluguer e condução que registou um aumento significativo face ao ano anterior.

 

Resolução dos problemas

A análise efetuada às reclamações geradas em 2022 revela ainda que, não obstante o elevado número de queixas, foram várias as marcas que demonstram uma preocupação na resolução dos problemas reportados pelos consumidores no Portal da Queixa.

Assim, nas categorias com maior taxa de solução, destacaram-se hiper e supermercados (73,5%), água, eletricidade e gás (73,4%), correio, transportes e logística (72,1%), comunicações, TV e media (71,3%), bancos, financeiras e pagamentos (65,3%), informática, tecnologia e som (60,9%), seguros vida, auto e planos de saúde (60,4%), casinos e casas de apostas (56,4%), escritório, marketing e publicidade (54%) e animais (52,8%). De salientar que cinco destas categorias estão no top 10 das mais reclamadas.

 

Alerta na opinião pública

Em 2022, foram vários os casos reportados pelos consumidores no Portal da Queixa que fizeram soar alertas na opinião pública. Entre os mais mediáticos, destacam-se o fenómeno de alteração do IBAN dos beneficiários (sem o seu consentimento) na plataforma da Autoridade Tributária (AT), na altura de receberem o apoio extraordinário do Governo, e também os problemas relacionados com o reembolso do Autovoucher.

As burlas via plataforma Vinted foram outro caso alertado pelo Portal da Queixa, através da denúncia de centenas de consumidores a reportarem esquemas fraudulentos ou burlas por MB Way.

A marcar 2022, os constrangimentos nas urgências de ginecologia e obstetrícia de vários hospitais e maternidades do país, que fizeram disparar as reclamações na área da saúde, com vários utentes a relatar situações de negligência, más condições e falhas diversas no atendimento às grávidas que partilharam os casos em reportagens televisivas.

A elevada procura de bilhetes para os quatro concertos dos Coldplay em Coimbra (que se realiza este ano) fez disparar as reclamações contra as bilheteiras online.

A marcar o final de 2022, o Portal da Queixa alertou para o aumento (50%) das queixas dirigidas à Via Verde no mês de novembro, um alerta que soou perante as queixas relacionadas com a troca de identificadores. Em causa esteve um alegado “esquema” que envolveu uma comunicação da Via Verde a solicitar a substituição do equipamento por falhas registadas, sendo que os clientes afirmam que os dispositivos estão a funcionar na perfeição.

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