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Pessimismo dos consumidores europeus intensifica-se face ao aumento dos preços

Com a permanência da Covid-19 e a invasão russa da Ucrânia, que continua a ter profundos impactos humanos, sociais e económicos, os consumidores europeus continuam pessimistas quanto às suas perspetivas económicas.

O último inquérito europeu “Consumer Pulse” da McKinsey, realizado de 23 de setembro a 2 de outubro, reuniu as opiniões de mil inquiridos em França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido e  confirma as tendências observadas no inquérito de junho, em particular, a preocupação com a inflação, que tem vindo a aumentar desde então.

A confiança dos consumidores permanece baixa, agravando-se especialmente na Alemanha e em França, e intensificou-se o comportamento de “downtrading” (a prática de um consumidor mudar de marcas caras para alternativas mais baratas).

Enquanto o omnicanal persiste, em algumas categorias, há um movimento de regresso a mais compras na loja. Cozinhar e trabalhar a partir de casa são os comportamentos, decorrentes da Covid-19, que menos mudaram. Mais pessoas estão a utilizar as suas poupanças para compras de rotina e, este ano, nem mesmo a próxima época festiva é suficiente para convencer os compradores a fazerem compras extra.

 

Aumento de preços

Segundo a McKinsey, a maioria das pessoas está preocupada com o aumento dos preços. Para 58% dos consumidores europeus, o aumento dos preços é a sua preocupação número um. Segue-se a invasão da Ucrânia, eventos climáticos extremos, desemprego e incerteza política como preocupações importantes.

A confiança económica baixou. O pessimismo dos consumidores aumentou, com 43% a expressar dúvidas sobre a recuperação económica, contra 36% em junho. Isto é muito pior do que mesmo nos dois primeiros anos da Covid-19, quando o pessimismo atingiu um pico de 32%, em maio de 2020. No entanto, as respostas variam por país, com a confiança líquida a diminuir 22 pontos percentuais na Alemanha e 10 pontos percentuais em França, em contraste com a confiança inalterada no Reino Unido, Itália e Espanha.

 

Redução nos gastos

Os consumidores estão a evitar despesas e a usar as suas poupanças. Quase quatro em cada 10 reduziram as despesas em artigos não alimentares discricionários, contra um terço em junho, enquanto mais de um terço retirou dinheiro da poupança para cobrir despesas típicas.

Os consumidores estão também a adotar opções mais acessíveis. Para esticar o rendimento, três em cada cinco consumidores mudaram de comportamento quando compram mercearia e bens essenciais. Destes, quase três quartos mudou para produtos domésticos de baixo custo ou de marca própria. Além disso, a migração para os discounters continuou.

A maioria dos consumidores europeus não tem planos de desfrutar de um luxo, nos próximos três meses, enquanto apenas um quarto planeia fazê-lo num futuro próximo. Quase sete em cada 10 diz que planeia comprar menos ou não comprar de todo.

O ato de desfrutar de um luxo é mais frequentemente associado com viagens e idas a restaurantes, com consumidores em França, Espanha e Reino Unido a pretenderem gastar menos do que noutros países europeus.

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