O Observador Automóvel 2019 procurou saber quais os motivos que levam a que não se escolha um elétrico no momento de se adquirir uma viatura e a maioria dos inquiridos (83%) confirmou que o limite de autonomia é uma das razões, apontando a atual autonomia como fraca.
Os alemães são os que se mostram mais inclinados a pensar assim (93%), enquanto os turcos o fazem em menor número (69%). No caso nacional, também a grande maioria dos inquiridos tem essa opinião, embora se encontrem três pontos percentuais abaixo da média do estudo. Além da autonomia, entre os principais motivos para não adquirir um veículo elétrico são ainda referidos o preço e o tempo de carregamento.
A insuficiência da autonomia aparece no top 3 de principais motivos pelos quais os inquiridos recusam adquirir um veículo elétrico, sendo que 49% sublinha este obstáculo. 88% do total de inquiridos (80% no caso nacional) identifica também ser essencial ter um ponto de carregamento em casa ou no trabalho.
Quanto a estações de carregamento públicas nas estradas, os inquiridos consideram que não são suficientes, com 84% dos portugueses a confirmá-lo, mais 8% que a média global do estudo. Quanto à localização destas estações de carregamento, 44% dos automobilistas em Portugal afirmam que estão bem localizadas. Também aqui acima da média global, mais 4%. Mais de metade dos portugueses (68%) associa um tempo de carregamento longo a um veículo 100% elétrico, enquanto a média europeia é de 75%.
Para 49% dos automobilistas em Portugal, o limiar de autonomia para adquirir um veículo elétrico é de 300 quilómetros e 26% só se considera pronto a comprar um veículo elétrico quando a autonomia ultrapassar os 500 quilómetros. 16% dos inquiridos em momento algum estariam dispostos a comprar um veículo elétrico. Os condutores franceses e alemães são os mais exigentes quanto à autonomia, pois em ambos os casos 38% dos inquiridos apontam os 500 quilómetros como o nível a partir do qual estarão dispostos a adquirir um veículo elétrico.