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Os desafios da água engarrafada em 2014

Com volumes totais estimados em 300 mil milhões de litros em 2014, a água engarrafada irá ultrapassar o chá como a bebida engarrafada mais consumida no mundo, segundo a Euromonitor. Tanto nos mercados desenvolvidos como emergentes, a água engarrafada é vista, cada vez mais, como uma “commodity”, o que implica que os fabricantes reexaminem os seus produtos de forma dar aos consumidores motivos para pagar um pouco mais.

Esta busca pelo Premium pode assumir várias formas. Enquanto nos mercados emergentes da América Latina, Ásia e Médio Oriente e África o crescimento far-se-á através do acesso à água engarrafada e ao “packaging” individual, na América do Norte e na Europa será através de uma nova abordagem ao “branding”. Nos mercados emergentes, a escassez de água potável faz com que a água engarrafada seja um bem de primeira necessidade, em vez de uma bebida de valor acrescentado. O preço por litro reflete, segundo a consultora, esta “commoditização” e 60% das vendas se referem a embalagens do tipo garrafão de dois ou mais litros. Já nos mercados desenvolvidos, 75% das vendas de água sem gás referem-se a embalagens com menos de dois litros.

Nos mercados norte-americano e europeu, a venda de água engarrafada assenta nas necessidades de qualidade e conveniência. A categoria sofreu um recente “boom” nas vendas, com os consumidores que se afastaram das calóricas “soft drinks”, mas o consumo difere de região para região. A importância atribuída à água mineral na Europa é um indicador de que o consumidor está disposto a pagar mais pelo Premium, ao passo que no mercado norte-americano prevalece o prelo e a conveniência.

De acordo com a Euromonitor, na Europa Ocidental, marcas como a Evian, Volvic, Cristaline e Vittel são líderes, ao passo que as marcas próprias representam uma pequena percentagem mas estão em crescimento. Com a recuperação económica, muitos consumidores puderam voltar a consumir estas marcas Premium mas o seu posicionamento, não obstante ajudar às vendas, torna-as muito expostas às depressões económicas regionais. A Danone e a Nestlé poderão continuar a promover a natureza Premium dos seus produtos mas a consultora alerta que é chegado o tempo para explorarem marcas de gama média e económica, que as protejam face às crises económicas e à ameaça das marcas próprias.

A Euromonitor antecipa que o volume global de água engarrafada cresça 100 mil milhões de litros entre 2013 e 2018, ultrapassando a taxa do último período de cinco anos em mais de 25 mil milhões de litros e tornando-a na “soft drink” com o maior crescimento a nível mundial.

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