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Online não é tudo para os consumidores portugueses

Optar por pesquisar mais informação na Internet sobre soluções quando surge uma preocupação sobre a sua saúde, em vez de ir diretamente ao médico, é uma consequência do crescimento contínuo de consumidores mais informados e que procuram o melhor benefício para a saúde, com o menor preço. Mas é também um reflexo do aumento no número de produtos e prestadores de cuidados de saúde no mercado.

No estudo da Escolha do Consumidor 2019, observaram-se 19 categorias de produtos/serviços relacionadas com a área da saúde que permitem afirmar que a informação não é tudo. A qualidade, a eficácia comprovada e a durabilidade dos efeitos dos produtos administrados reúnem a preferência dos consumidores, que têm também como preocupação o facto de o produto possuir poucos efeitos secundários e ter uma eficácia de ação.

A garantia que um produto é adequado é reconhecida pela clareza da informação, não apenas em relação à forma de toma, mas sobretudo por elucidar sobre os eventuais elementos prejudiciais que possui.

Quando se trata de saúde, o preço não é relevante, mas sim a relação entre a eficácia e o preço, um binómio cada vez mais apreciado sobretudo quando o efeito preventivo é também procurado.  Todas estas referências reúnem mais de 90% das preferências dos consumidores. Com menos valorização surgem aspetos como a possibilidade de compra online, a apresentação dos produtos e o tamanho dos mesmos e das suas embalagens.

Sem grande diferença entre géneros ou classes etárias, fica apenas a curiosidade dos dados relativos à geração entre os 18 e os 24 anos, que estão mais preocupados com a confiança e credibilidade das marcas, com a composição nutricional dos produtos e a sua origem, bem como a comodidade ou a facilidade da sua utilização.

Quando se trata de serviços de saúde, a decisão divide-se entre o aspeto prático e o qualitativo, sendo que mais de 90% do grau de importância dos consumidores é atribuído ao conhecimento demonstrado pelos profissionais de saúde, à sua qualidade e especialidade na área em questão, à proximidade/localização dos serviços e a respetiva flexibilidade de horário.

A pontualidade nas marcações, rapidez do serviço (tempos de espera curtos) e a honestidade da  informação são outros dos pontos relevantes, sendo privilegiados hospitais/clínicas com várias  especialidades e com bom ambiente (espaço, organização, manutenção, climatização, limpeza). No  que toca aos prestadores de serviços relacionados com a saúde, o consumidor procura  credibilidade e confiança na marca e serviços mais acessíveis (consultas, exames). No leque dos  aspetos menos valorizados encontram-se as apps e as políticas de fidelização (cartão cliente).

Ao nível dos serviços, no segmento etário dos 18 aos 24 anos surge a preocupação com as práticas  comerciais levadas pelos operadores do sector da saúde e no segmento dos 25 aos 34 anos a  preocupação prende-se sobretudo com a disponibilidade de equipamentos, meios de diagnóstico e  tratamentos disponíveis, bem como com os acordos com terceiros e serviços 24 horas.

Em suma, os consumidores portugueses continuam a privilegiar a qualidade, mesmo tendo que  pagar um preço justo para a ter. Se esta premissa se verifica em grande parte dos sectores de  consumo, na área da saúde não é diferente.

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