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O consumidor pede mais tempo e menos esforço

As mudanças sociológicas que temos vindo a assistir nos últimos anos trazem-nos um consumidor que pede mais tempo e menos esforço nas suas compras.

A rápida urbanização das populações, o aumento da densidade populacional, a redução dos agregados familiares, a sobrelotação dos transportes, entre outros, são indicadores de que o shopper vive num ambiente hiperativo e hiperconectado. O desafio de manter o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal é uma realidade, sendo esta uma das principais preocupações dos consumidores portugueses. Estas são conclusões do relatório “Quest for Convenience”, desenvolvido pela Nielsen.

Segundo o estudo “ShopperTrends”, 54% dos consumidores portugueses afirmam que “vale a pena pagar mais por qualquer coisa que lhes faça poupar tempo”. Os consumidores procuram conveniência na simplicidade e nas soluções que lhes permitam poupar tempo ou que melhor se adequem às suas necessidades.

No que se refere aos bens de grande consumo, a conveniência deve estar nos formatos das lojas, nos produtos, nas embalagens, nos serviços ou no recurso às novas tecnologias. No entanto, Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director da consultora, refere que “temos que ter em conta que existem diferentes segmentos da população e todos com necessidades muito distintas. A conveniência é procurada por todos estes segmentos, mas de formas diferentes. É necessário adaptar os produtos e serviços às necessidades de cada geração, que são muito específicas”.

A localização é um fator de influência na escolha da loja para 62% dos consumidores portugueses, verificando-se um maior dinamismo dos pequenos formatos. As entradas e saídas rápidas (47%), a curta dimensão das filas (47%) e uma organização de loja que torne a compra fácil (63%) são realmente valorizadas pelo shopper, que procura maior simplicidade e rapidez nas suas compras.

No que diz respeito aos produtos, o consumidor sabe que ao “comprar” conveniência está a “comprar” qualidade de vida. Nos últimos dois anos, verificou-se o crescimento em quantidade de categorias que, de uma forma ou de outra, facilitam a vida ao consumidor. É o caso das refeições prontas (+52%), das massas refrigeradas (+41%) e dos legumes refrigerados (+22%), entre outros.

Num país em que 53% dos consumidores portugueses com acesso à Internet querem estar sempre conectados e 65% procura informação sobre os produtos durante a compra, é de salientar a importância das novas tecnologias, que têm claramente um papel fundamental para uma experiência de compra mais conveniente. Apesar de ainda não utilizarem estas opções significativamente, os portugueses com acesso à Internet mostram-se, comparativamente com a média dos europeus, realmente disponíveis para encomendas online com entrega em casa (38%), utilização de supermercados virtuais (39%) e utilização de scanners de mão para evitar filas no pagamento (39%), demonstrando que pretendem, de facto, introduzir mais conveniência nas suas compras através da tecnologia.

Para Ana Paula Barbosa, “a conveniência está na ordem do dia e está a ser o motor das transformações que ocorrem no retalho um pouco por toda a parte. O grande objetivo deve ser rentabilizar o tempo do shopper, facilitando a sua vida e as suas compras e dando-lhe tempo para fazer aquilo que lhe dá prazer. Nas lojas físicas, a conveniência vai significar uma intensificação da introdução dos serviços dentro das lojas (como bancos, correios, espaços para crianças). Também a oferta de soluções de refeição é essencial nesta luta pela conveniência, assistindo-se a uma aproximação cada vez maior do conceito de supermercado ao conceito de restaurante. No online, a guerra vai centrar-se muito na simplicidade da entrega, que é um fator-chave para um consumidor que está realmente disponível para começar a comprar online”.

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