A logística é muito mais do que mover produtos de um ponto ao outro. É o coração do retalho moderno, um motor que impulsiona a eficiência, a satisfação do cliente e o crescimento sustentável. Ciente desta realidade, a LEROY MERLIN investiu numa das maiores infraestruturas logísticas em Portugal, o novo Centro de Distribuição Nacional, localizado em Castanheira do Ribatejo. Este projeto representa um avanço estratégico tanto para a empresa quanto para o Grupo ADEO, consolidando-se como um verdadeiro símbolo de inovação e sustentabilidade.
Imagine-se um espaço equivalente a 14 campos de futebol, onde cada metro quadrado foi pensado para maximizar a produtividade. É assim que se descreve o novo Centro de Distribuição Nacional (CDN) da LEROY MERLIN, um gigante logístico com 105.500 metros quadrados, distribuído em dez células especializadas. Estas células têm áreas que variam entre dez mil e 12.500 mil metros quadrados, com uma célula dedicada exclusivamente ao armazenamento de produtos inflamáveis e perigosos, ocupando quatro mil metros quadrados. “O objetivo foi projetar uma infraestrutura que não só atendesse às nossas necessidades, mas também fosse uma referência em eficiência e inovação no sector”, explica José Miranda, diretor de Supply Chain e Delivery da LEROY MERLIN.
A divisão do centro em células especializadas – com áreas destinadas a stock, operações online, regionais e de “cross docking” – permite uma coordenação eficiente entre diferentes operações e, consecutivamente, um alinhamento ágil entre a preparação de encomendas e as necessidades das lojas, reduzindo significativamente o tempo necessário para a reposição de produtos no ponto de venda. Para os clientes online, este modelo acelera a preparação e a expedição das encomendas, garantindo entregas mais rápidas e precisas.
Centralização logística: impacto no cliente
O que realmente impressiona é o nível de automação: robôs que movimentam mercadorias, sistemas de “picking” automatizado e transportadores que agilizam as operações. Esses avanços tecnológicos garantem que os produtos saiam do armazém com rapidez e precisão, enquanto os erros humanos são minimizados.
Com o CDN, a LEROY MERLIN adotou uma abordagem “menos é mais”: menos pontos de operação, mais eficiência. Tudo acontece num só lugar, garantindo que os produtos chegam mais rápido às lojas e as encomendas online sejam atendidas em tempo recorde. “Servir mais, mais rápido e melhor” – enfatiza José Miranda – “é o nosso lema”.
O impacto também é sentido internamente. Este modelo reduz significativamente o tempo de movimentação de mercadorias dentro do centro, evita congestionamentos nas áreas de armazenamento e expedição e assegura maior clareza nos processos operacionais. Com processos mais eficientes, as equipas logísticas ganham tempo para se focar em soluções criativas e na melhoria contínua. É um círculo virtuoso, onde todos saem a ganhar.
“Ao operar como um núcleo central de operações, o CDN também permite identificar e resolver desafios logísticos de maneira mais imediata, garantindo uma cadeia de abastecimento mais estável e eficiente. Acima de tudo, queremos não só reforçar a nossa capacidade de responder à crescente procura, mas também solidificar a confiança e a satisfação dos nossos clientes”, complementa José Miranda.
Com capacidade para armazenar mais de 110 mil europaletes e 23 mil metros quadrados dedicados ao “cross docking”, a estrutura foi pensada para crescer junto com a procura. Comparado com as infraestruturas anteriores, apresenta um aumento de 35% na área disponível para aquelas atividades, permitindo absorver o crescimento entre 15% e 20% previsto para as mesmas nos próximos anos.
Por outro lado, a consolidação das operações de stock e online no CDN permitiu uma configuração global do armazém adequada às especificidades e à sazonalidade dos produtos das várias secções, criando sinergias de armazenagem entre as diferentes operações, com uma capacidade de armazenagem 30% superior à capacidade instalada anteriormente.
Eficiência e sustentabilidade
O CDN não é apenas grande; é também eficiente e sustentável. A localização em Castanheira do Ribatejo não foi escolhida por acaso: conecta estrategicamente o norte, sul e o interior do país, reduzindo distâncias e tempos de transporte. “Acreditamos que Castanheira do Ribatejo foi a região certa para uma aposta desta dimensão. Situado no cruzamento das autoestradas A1, que conecta Lisboa ao Porto, e A10, que liga Lisboa ao Algarve e a Espanha, o complexo está integrado numa região estratégica para a logística, facilitando o abastecimento em toda a extensão do território nacional. Além disso, o centro está inserido na Plataforma Logística Lisboa Norte, que se projeta como um dos mais relevantes polos logísticos de Portugal nos próximos anos. Aqui, não só damos um passo importante na nossa estratégia, como apoiamos também o desenvolvimento de uma região e economia local, promovendo a empregabilidade e boas relações com a comunidade”, advoga.
A sustentabilidade também está no centro das operações. O CDN foi projetado para minimizar o impacto ambiental, desde a utilização de materiais de construção sustentáveis até à incorporação de tecnologias que reduzem o consumo de energia. “Queremos provar que é possível crescer sem esquecer o nosso compromisso com o planeta”, destaca José Miranda.
Entre as medidas sustentáveis implementadas, destacam-se sistemas de iluminação LED, reaproveitamento de água da chuva e uma gestão de resíduos integrada que visa reduzir ao máximo os impactos no meio ambiente. A longo prazo, estas iniciativas não apenas ajudam o planeta, mas também representam reduções significativas nos custos operacionais.
Perspetivas futuras
A LEROY MERLIN já tem planos de expansão. Nos próximos dois anos, está prevista a inauguração de uma nova plataforma logística em Matosinhos, replicando o modelo bem-sucedido do CDN. “O sonho de inaugurar este novo Centro de Distribuição Nacional, em Castanheira do Ribatejo, remonta aos anos de pandemia e, por isso, estamos muito felizes por, finalmente, o concretizar. No entanto, não ficamos por aqui”, afirma José Miranda.
Olhar para o futuro da logística significa apostar em soluções adaptáveis e escaláveis. José Miranda acredita que o sector vai evoluir com tecnologias como a inteligência artificial e o “big data”, permitindo antever necessidades antes mesmo delas surgirem. “A logística é o coração do retalho moderno. Quanto mais eficiente for, melhor será a experiência do cliente”, defende.
Essa visão inclui ainda o uso de veículos elétricos para entregas urbanas, otimizando rotas e reduzindo a pegada de carbono. “A sustentabilidade não é apenas uma meta, é parte do nosso ADN”, reforça. A empresa também planeia criar soluções colaborativas com os fornecedores para melhorar a cadeia de abastecimento como um todo.
Um marco na logística nacional
“Mais do que um projeto logístico, o CDN é uma celebração dos nossos valores, das nossas conquistas e do caminho que queremos traçar para o futuro. É uma oportunidade para reforçar a imagem da LEROY MERLIN como uma empresa inovadora, sustentável e comprometida com o desenvolvimento do país, pelo que não podia estar mais enquadrado na nossa estratégia”, destaca José Miranda.
Em Castanheira do Ribatejo, a LEROY MERLIN deu um passo decisivo na sua estratégia de crescimento em Portugal. O novo CDN não é apenas um edifício, é um centro pulsante de inovação e eficiência. Reflete a visão de uma empresa que não receia ousar, crescendo de forma sustentável e colocando o cliente no centro de todas as decisões.