A Nestlé anunciou, numa sessão sobre a obesidade infantil, o seu compromisso de eliminar 18.000 toneladas de açúcar dos produtos que vende na Europa até 2020. O resultado é que, nesse ano, a gama europeia de produtos da empresa terá, em média, 5% menos açúcar do que hoje.
Marco Settembri, vice-presidente executivo da Nestlé e diretor da zona Europa, Médio Oriente e Norte de África, sublinhou a importância de uma alimentação saudável: “Quando uma em cada três crianças está acima do peso ou é obesa, é claro que devemos esforçar-nos para oferecer alternativas saudáveis e contribuir para promover estilos de vida saudáveis“.
Há muitos anos que a Nestlé indica investir no fabrico de produtos mais saudáveis e saborosos, eliminando o açúcar, sal e gordura e adicionando outros nutrientes, como grãos integrais. Nos últimos três anos, por exemplo, a Nestlé eliminou 11.300 toneladas de açúcar de produtos de vendidos na Europa, que não cumprem os critérios nutricionais definidos pela própria empresa. A multinacional suíça também anunciou recentemente que descobriu uma maneira de modificar a estrutura do açúcar, o que permite uma redução significativa deste ingrediente nos seus chocolates, mantendo o seu sabor.
Segundo Marco Settembri, o principal desafio é estar atento à aceitação dos sabores pelo consumidor. “Os produtos da Nestlé são apenas uma pequena parte dos produtos alimentares encontrados em pontos de venda. Se queremos contribuir para mudar as preferências dos consumidores, precisamos do empenho de toda a indústria, incluindo os produtores de marcas próprias“.
A Comissão Europeia e os Estados-membros concordaram em desenvolver planos de ação nacionais para reduzir os açúcares adicionados em produtos alimentares até ao final de 2017. Vários países da União Europeia (UE) já estão a implementar iniciativas locais, mas a Nestlé apela a uma maior coordenação por parte da UE e avançar para uma política de nutrição comum. Isto “estimulará a inovação e promoverá um futuro mais saudável para a Europa“, defende Marco Settembri.
