A Naturalfa foi selecionada pela ViniPortugal como organismo de certificação das organizações do sector vitivinícola nacional que pretendam adotar o mais recente Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Sector Vitivinícola.
Este referencial tem como objetivo certificar os produtos comercializados pelas organizações vitivinícolas que assumam o compromisso de implementar práticas sustentáveis, a nível ambiental, social e económico. Tendo como base o princípio da melhoria contínua, a certificação permite que as organizações progridam ao longo do tempo e, consequentemente, obtenham melhores resultados. O referencial tem ainda em consideração as especificidades de cada região onde o operador exerce a sua atividade.
Diferenciação
A Naturalfa vê esta iniciativa como “uma aposta promissora”, pois vai permitir “a utilização de um selo que garante ao mercado e aos consumidores a implementação de práticas sustentáveis na produção dos vinhos certificados”, explica Liliana Perestrelo, diretora executiva da Naturalfa.
Este selo passa a ser um fator de promoção e diferenciação, principalmente, no palco internacional, sobretudo, “nos mercados do Centro e Norte da Europa, que valorizam muito a implementação de práticas sustentáveis”, adianta a diretora executiva.
A certificação pode ser atribuída a uvas, destilados de origem vitivinícola, mostos, vinhos, vinagres de vinho e outros produtos de origem vitivinícola.
Segundo Liliana Perestrelo, a certificação passa também por “uma forte parceria entre as organizações e a Naturalfa”, que está a adotar “uma atitude pedagógica ao longo do processo de auditoria e certificação, no sentido de ajudar as organizações a implementarem as melhores práticas e a ultrapassarem os desafios que possam surgir”.
Com base nesse princípio, a Naturalfa está a organizar, em conjunto com a ViniPortugal, ações de formação direcionadas para técnicos, dirigentes e enólogos que pretendam obter mais informação sobre o referencial e de que forma pode ser implementado.
Certificado
O certificado tem a duração de três anos, no entanto, as auditorias têm, obrigatoriamente, de ser anuais. Assim, quando os consumidores virem o selo do referencial, saberão que a empresa em causa cumpre um vasto conjunto de indicadores de sustentabilidade em quatro domínios chave: ambiental, social, económico, gestão e melhoria contínuas.