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Mudanças no retalho mundial

Em 2023, a China vai ultrapassar os Estados Unidos da América como o maior mercado de retalho alimentar do mundo em valor, com uma dimensão de 1,8 biliões de dólares.

Assim o indica o último estudo da IGD Ásia, que estima que o mercado chinês será, inclusivamente, maior que os quatro concorrentes asiáticos mais diretos – Índia, Japão, Indonésia e Coreia do Sul – no seu conjunto.

O crescimento anual do mercado chinês está fixado em 5,5%, a par do do Sri Lanka e do da Tailândia. É, no entanto, mais lento que o de outros mercados da região, como o indiano, vietnamita, indonésio e filipino.

Atualmente, menos de metade das vendas de alimentos na China correspondem ao comércio tradicional e, à medida que o mercado continua a amadurecer, esperamos que aquele continue a perder quota para a distribuição moderna”, indica Nick Miles, responsável pela região da Ásia-Pacífico na IGD. “À medida que o mercado cresça, o comércio tradicional também o continuará a fazer, mas a um ritmo muito mais lento nos próximos cinco anos (0,8%), em comparação com a taxa de crescimento da distribuição moderna (8,5%)”.

A IGD prevê que o desenvolvimento do comércio moderno na China, nos próximos anos, seja impulsionado, em grande medida, pela expansão das lojas, assim como pelos bons resultados dos canais online e de conveniência. “A conveniência será o canal de lojas físicas de maior crescimento, impulsionado pelo Alibaba e JD.com. As lojas tradicionais irão transformar-se, os retalhistas abrirão estabelecimentos de menor dimensão e os operadores locais e estrangeiros irão expandir as suas redes através de alianças”, prossegue.

O e-commerce deverá contribuir com 11% das vendas até 2023. Por outro lado, os hipermercados irão reduzir a sua participação no retalho chinês, passando dos 22% de 2018 para 18%, em 2023. Já a quota dos supermercados estabilizará nos 20%.

A IGD perspetiva, ainda, que os principais retalhistas alimentares na China cresçam a um ritmo variável até 2023. Gigantes do e-commerce como o Alibaba e a JD registarão um crescimento considerável, quer dos canais online, quer dos offline, convertendo-se, respetivamente, no terceiro e segundo maiores retalhistas alimentares do país.

Enquanto isso, empresas internacionais como a Sun Art, Yonghui, Walmart, CRV e Carrefour irão beneficiar da expansão atual, das alianças com operadores de comércio eletrónico e tecnológicas, da melhoria da eficiência e do investimento em pequenos formatos.

Por último, operadores regionais, como a NGS e a Wumart, continuarão focados na rentabilidade.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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