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Mercer apresenta estudo Total Compensation para o sector da hotelaria

A Mercer, consultora nas áreas de benefícios, pensões, investimentos e carreiras, apresentou o estudo “Total Compensation” para o sector da hotelaria em Portugal, comparando algumas das conclusões obtidas neste sector com o mercado geral.

Para a execução deste estudo, a Mercer analisou o perfil de uma amostra de hotéis a nível nacional, caracterizando a população ativa e procedendo à análise do total cash do sector da hotelaria por título de função. Foram analisadas um total de 80 funções, desde as áreas de restauração a operações, em 90 unidades hoteleiras, distribuídas de norte a sul do país. O estudo isola os dados do sector hoteleiro do da restauração, pois são realidades distintas no que se refere às práticas de remuneração, de acordo com fontes do sector.

O estudo da Mercer contou com a participação de um elevado número de unidades hoteleiras, sendo que 28% dos hotéis que participaram têm mais de 500 colaboradores, 36% têm entre 100 e 500 colaboradores e 36% tem menos de 100 colaboradores. Do total da amostra, 77% são empresas nacionais e 23% empresas multinacionais. Relativamente ao volume de negócios, metade das empresas (50%) apresenta um volume entre os cinco e os 20 milhões de euros, 30% apresenta um volume de menos de cinco milhões de euros e 20% apresentam um valor acima dos 20 milhões de euros.

Relativamente à população ativa no sector de hotelaria, o estudo concluiu que esta é bastante jovem (60% da população tem até 40 anos de idade e 20% até 25 anos) em comparação com a população do mercado geral (apenas 41% dos colaboradores tem até 40 anos e apenas 3% até 25 anos). No que se refere a género, 54% da população ativa no sector da hotelaria é do sexo masculino e 46% do sexo feminino.

Em termos de habilitações, conclui-se que as habilitações literárias encontradas no sector são, em geral, abaixo das encontradas no mercado geral. Apenas 18% dos colaboradores do sector frequentaram o ensino superior, sendo o ensino secundário a formação mais prevalente (40%). Quanto à antiguidade, observa-se uma diferenciação significativa face ao mercado geral, onde apenas 31% da população ativa tem antiguidade na organização inferior a sete anos. No sector da hotelaria, 75% dos colaboradores estão nas empresas há menos de sete anos e 65% há menos de três anos.

Em linha com o mercado geral, a maioria das empresas do sector da hotelaria realiza as suas revisões salariais em março (55%). Igualmente alinhado com o mercado geral, os fatores predominantes para a execução das mesmas são os resultados da organização (77%) e o desempenho individual (69%).

As expectativas de incrementos salariais no sector são algo semelhantes ao mercado geral, mas um pouco mais conservadoras. Para a generalidade dos grupos funcionais analisados, o sector situa-se na mediana, cerca de 0,5% abaixo do mercado geral (1,5% versus 2%).

O peso das componentes variáveis de compensação é tendencialmente mais baixo no sector da hotelaria do que no mercado geral, apesar de se aproximar do mercado geral nas funções com maior grau de responsabilidade.

O estudo da Mercer concluiu igualmente que, para as funções em que foi possível fazer uma análise por região, observa-se no geral que os salários em Lisboa são superiores (-11% no Porto e -8% no Algarve).

À semelhança do mercado geral, é possível identificar no sector hoteleiro um desequilíbrio salarial entre géneros, observando-se, de forma consistente, salários superiores na população masculina. Este desequilíbrio é particularmente significativo ao nível das funções de direção, onde se observa não só um desnível mais acentuado, como também uma predominância de titulares do sexo masculino.

No que se refere à mudança, 97% dos colaboradores do sector hoteleiro querem ser reconhecidos e compensados pelos seus contributos, referindo a compensação justa, a oportunidade de ser promovido e uma liderança com um propósito claro, as três principais medidas que teriam um impacto positivo na sua situação profissional.

Tiago Borges, Rewards Leader da Mercer, comenta que “foi a primeira vez que fizemos uma análise específica das compensações fixas e variáveis para o sector hoteleiro em Portugal. Com este estudo, pretendemos apoiar os profissionais do sector a melhor compreenderem a sua realidade de forma a chegarem a conclusões que os permitam, a posteriori, tomar as medidas e decisões necessárias em torno das compensações dos seus colaboradores, o que eles valorizam e onde podem trabalhar para promover uma força de trabalho mais motivada e envolvida. Esperamos que seja uma mais-valia para empresários do sector e que possam usar as nossas conclusões para tomar decisões estratégicas que possam fazer a diferença”.

De acordo com os resultados obtidos neste relatório, a Mercer refere que o sector do turismo é a maior atividade económica exportadora em Portugal, sendo responsável, em 2018, por 51,5% das exportações de serviços e por 18,6% das exportações totais, tendo as receitas turísticas registado um contributo de 8,2% no PIB nacional.

Em 2018, o sector do turismo cresceu 8,1% para uma contribuição de 38,4 mil milhões de euros na economia portuguesa, um total de 19,1% da atividade económica do país, tendo empregado mais de um milhão de pessoas (21,8% do total).

O WTTC (World Travel & Tourism Council’s) estima que, em 2019, o sector do turismo em Portugal irá crescer 5,3%, mais do dobro da média europeia, que se encontra nos 2,5%.

Por Bárbara Sousa

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