A SIMAB, a sua homóloga espanhola Mercasa e a Federação Latino-Americana de Mercados Abastecedores (FLAMA) assumiram na passada quinta-feira, dia 26 de julho, em Nayarit, no México, a constituição de uma plataforma institucional que vai promover entre si o intercâmbio de informação, de experiências e das melhores práticas na gestão de mercados, ao mesmo tempo que vai fomentar o intercâmbio tecnológico e comercial para criação de novas oportunidades de negócio.
A assinatura do memorando de entendimento entre as duas sociedades ibéricas de gestão pública e a mais relevante estrutura associativa de mercados abastecedores da América Latina, aconteceu no âmbito de uma assembleia ordinária da Confederación Nacional de Agrupaciones de Comerciantes de Centros de Abasto, AC (CONACCA), entidade que junta 65 mercados mexicanos, a que se seguiu uma assembleia geral da própria FLAMA.
De acordo com o documento, subscrito por Rui Paulo Figueired, CEO do Grupo SIMAB, David Martínez Fontano, presidente da Mercasa, e Arturo Fernández, presidente da FLAMA, as duas entidades ibéricas assumem, neste contexto, o estatuto de membros-observadores da Federação Latino-Americana de Mercados Abastecedores. De entre as várias cláusulas, sublinhe-se a concordância das partes no reforço da cooperação no seio da União Mundial de Mercados Abastecedores (WUWM), nomeadamente através da integração, nesta entidade, de um maior número de mercados de países da América Latina, Espanha e Portugal.
Para o CEO da SIMAB, o protocolo em referência “é, obviamente, mais um importante momento para as relações internacionais do Grupo SIMAB, que se afirma como importante parceiro para a discussão e definição do presente e do futuro dos mercados abastecedores no contexto global, mas é, também, a assunção de responsabilidades na concertação de interesses entre os principais ‘players’ do sector, muito particularmente junto dos homólogos da América Latina“.
No âmbito do memorando que agora é subscrito, a SIMAB, a Mercasa e a FLAMA assumem o compromisso de tentar influenciar políticas governamentais “que garantam boas práticas comerciais, alimentos saudáveis, de qualidade e a bom preço, o desenvolvimento de programas de melhoria e eficiência logística, bem como a modernização dos canais tradicionais de distribuição“.
As três entidades propõem-se cooperar no desenvolvimento e crescimento do comércio internacional entre os países da América Latina, Espanha e Portugal, “em particular entre os operadores instalados nos respetivos mercados abastecedores, mas igualmente no que se refere ao comércio eletrónico e à possível instalação de espaços comerciais de uns países nos mercados abastecedores de outros países“. Concordam, igualmente, em explorar conjuntamente possíveis formas de colaboração na prestação de serviços de assessoria na conceção, requalificação, modernização e gestão de mercados abastecedores e retalhistas de diferentes países. Nesta cláusula, enfatizam, particularmente, a execução de estudos de caracterização da produção agroalimentar, estudos de projeto, dimensionamento e modernização de mercados grossistas, estudos de caracterização comercial, revitalização e modernização de mercados municipais, estudos de viabilidade económico-financeira, elaboração e organização de expedientes de financiamento (a partir de instituições financeiras internacionais), projetos de arquitetura e engenharia e soluções de modernização tecnológica, “branding” e apoio à gestão.
Também o desenvolvimento da campanha internacional “Love Your Local Market”, coordenada pela União Mundial de Mercados Abastecedores, que pretende reforçar a atratividade dos mercados junto das respetivas comunidades, justifica uma cláusula do memorando.