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Mercado global de bens de luxo deverá crescer 8% em 2023

O mercado global de bens de luxo deverá crescer até 8% em vendas, para atingir 380 mil milhões de euros em 2023, apesar da ameaça de recessão, devido ao aumento da inflação, segundo o último estudo da Bain & Company, “Leap of Luxury”.

No entanto, o relatório considera dois cenários para 2023, um otimista, com o referido crescimento de 8%, e um moderado, com um aumento de 5% em relação a 2022, o que deixaria as vendas em 360 mil milhões de euros. A diferença é, principalmente, a China e a forma como este país regressa à normalidade pós-Covid, ao mesmo tempo que mantém duras restrições para os seus cidadãos como resultado da sua política de Covid zero. Serão, portanto, os mercados europeu e americano que irão impulsionar o crescimento das compras de bens de luxo pessoais, em antecipação do regresso do gigante asiático.

Em todo o caso, o resultado final é que o sector do luxo vai evitar a ameaça inflacionista este ano. Já para 2022, o estudo prevê que as vendas globais de mercadorias atinjam 353 mil milhões de euros, em comparação com 290 mil milhões em 2021, um valor semelhante ao registado em 2019, o ano anterior à pandemia.

Para a Bain & Company, mesmo uma possível recessão global em 2023 seria diferente da crise de 2008-2009. Nessa altura, a crise financeira de 2008 teve um impacto significativo no consumo de luxo, enquanto que agora assistimos a um renascimento do luxo, o que permite o seu crescimento mesmo em tempos de grande incerteza.

 

O mercado asiático

Por região geográfica, o relatório mostra que a Ásia, com exceção da China, irá experimentar o maior crescimento, impulsionado pelo desempenho da Coreia do Sul. A receita do mercado de alta gama asiático, em 2022, cresce 43% ao ano, em comparação com 27% na Europa, 25% nas Américas e 18% no Japão, diz o estudo.

Já as receitas no mercado chinês, por outro lado, diminuirão 1% em relação a 2021, devido às restrições contínuas. No entanto, a saída progressiva da Covid augura um mercado em ascensão na China, durante os próximos 10 anos.

O estudo também presta especial atenção ao mercado indiano, aquele com maior potencial, uma vez que é o quarto país com mais bilionários do planeta. Prevê-se que as despesas com produtos de luxo dos consumidores indianos aumentem 3,5 vezes, até 2030.

Já a Europa excede os níveis de 2019, principalmente, devido a um impulso do consumo de luxo local, mas também do turismo internacional, especialmente dos Estados Unidos e do Médio Oriente. As despesas com produtos de alta gama na Europa feitas por consumidores americanos multiplicaram-se por 2,3, em comparação com o ano anterior à Covid-19, e os destinos preferidos desses consumidores são Itália e França.

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