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Mercado de imobiliário comercial deve bater novos máximos em 2018

Entre janeiro e julho, foram fechadas mais de 30 operações de compra e venda de ativos imobiliários comerciais em Portugal, envolvendo cerca de 1,9 mil milhões de euros, quase tanto como em todo o ano de 2017. 

Segundo o último Marketbeat Portugal Outono 2018 publicado pela Cushman & Wakefield, o mercado imobiliário tem mantido, ao longo de 2018, a forte atividade que tem vindo a registar nos últimos anos, com um aumento muito acentuado dos níveis de procura e dos valores de mercado. Trata-se de uma evolução sustentada pelo crescimento económico nacional e internacional, bem como pela cada vez maior atratividade do imobiliário como alternativa de investimento aos tradicionais ativos financeiros.

A economia portuguesa deverá revelar, em 2018, o quinto ano consecutivo de crescimento. O comportamento robusto da procura interna, bem como a continuada subida dos níveis de investimento e das exportações, contribuíram para mais um bom desempenho da economia. 

O sector do retalho também esteve muito dinâmico, com o volume de vendas a subir 4,6%, muito influenciado pelo comércio não alimentar, que cresceu 6,1% face ao ano passado. A indústria de centros comerciais foi responsável por grande parte deste crescimento: de acordo com os indicadores da Associação Portuguesa de Centros Comerciais, o volume de vendas terá aumentado 5,1% no primeiro semestre e o número de visitantes 4,1%.

A procura de espaços de retalho refletiu este bom momento do sector, com o índice da Cushman & Wakefield a revelar mais de 100 novas aberturas de lojas de rua em Lisboa, no primeiro semestre do ano. A restauração manteve-se o sector mais ativo, tendo sido responsável por 60% das novas aberturas.

As Avenidas Novas foram a zona com maior dinamismo, com destaque para o sector alimentar que tem vindo a expandir no formato de proximidade. Lidl, My Auchan, Minipreço e Meu Super são exemplos de novas aberturas nesta localização.

O eixo de Cais do Sodré / Santos foi o segundo mais ativo, com 13 novas aberturas, todas elas no sector da restauração. Nesta zona, destaque para o Botanista, um conceito de restauração vegan inaugurado na Rua Dom Luís I.

O Chiado esteve também particularmente dinâmico no primeiro semestre, não obstante a reduzida oferta disponível. Nesta localização, destacam-se as aberturas da Quem Disse Berenice, na Rua do Carmo, e dos restaurantes Pitaria e Oficio, na Rua Nova da Trindade.

A zona da Baixa registou, igualmente, um número significativo de novas aberturas: uma nova unidade da Manteigaria na Rua Augusta e o restaurante Casa de Lisboa na Praça do Comércio.

Na cidade do Porto, foram identificadas cerca de 50 operações, com o sector de restauração a representar 68%. A Baixa do Porto foi a zona mais ativa: na Rua Sá da Bandeira inaugurou, no princípio do ano, a Fábrica de Cervejas Portuense e, mais recentemente, a Brasileira reabriu portas após cinco anos encerrada. Na Rua de Santa Catarina, mais vocacionada para a moda, destaca-se a abertura da Salsa. Na Rua das Flores, destino de restauração muito em voga na cidade, inaugurou recentemente a marca internacional de gelados Häagen-Dazs.

As rendas de mercado registaram o seu crescimento mais acentuado na cidade do Porto. Na Rua de Santa Catarina, a localização mais valorizada da cidade, a renda prime subiu 30% nos últimos 12 meses, estando atualmente nos 75 euros/metro quadrado/mês.

A escassez de oferta de qualidade continuou, por seu turno, a condicionar o mercado imobiliário industrial, mas ainda assim o primeiro semestre  revelou crescimento na procura. Entre janeiro e junho, foram identificadas nesta zona 16 novas contratações de espaços industriais e logísticos que totalizaram uma ocupação superior a 42 mil metros quadrados, revelando um crescimento de 54% face a igual período de 2017.

A ocupação da Torrestir de 15.400 metros quadrados no Azambuja 5 da Logicor foi o maior negócio da região de Lisboa. No Grande Porto a atividade foi residual, essencialmente justificada pela escassez de produto de qualidade, destacando-se a ocupação de 2.300 metros quadrados pela Scania na Maia.

O sector hoteleiro continua a atrair a atenção dos grandes investidores imobiliários, em grande parte motivada pela performance da indústria de turismo. Ainda que os indicadores de procura na primeira metade do ano revelem algum abrandamento no crescimento, 2,6% no número de hóspedes e 0,5% no volume de dormidas, os indicadores de operação registaram, no primeiro semestre, uma subida dos preços médios praticados na ordem dos 12% e do RevPAR (receita por quarto disponível) de 7,8%.

Nos últimos 18 meses, inauguraram em Portugal mais de 80 unidades hoteleiras, trazendo ao mercado cerca de 4.200 novos quartos. Atualmente, são conhecidos cerca de 130 novos projetos hoteleiros com abertura prevista até 2020, que deverão trazer ao país mais de 10 mil novos quartos. A cidades de Lisboa e Porto e a região do Algarve contam com o maior volume de oferta futura.

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