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Mais de metade dos consumidores já foi alvo de tentativa de burla online

Enquanto 33% foi vítima de um cibercrime

Será que os portugueses estão realmente seguros online? Sabem os consumidores reconhecer os principais tipos de ataques informáticos? Saberão reconhecer uma situação de risco e o que devem fazer para a evitar? Que cuidados devem ter para garantirem a sua segurança online? Para responder a estas questões, e por ocasião do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, o Portal da Queixa by Consumers Trust decidiu realizar um estudo sobre segurança online. Trata-se do primeiro estudo em Portugal que permite apurar qual o nível de literacia digital dos portugueses em matéria de ciberataques e de proteção online.

Mais de metade dos consumidores já foi alvo de uma tentativa de burla online e mais de 30% já foi vítima de um cibercrime. O nível de literacia digital dos portugueses ainda é baixo, há desconhecimento sobre os vários tipos de ciberataques e o grau de proteção online também não é forte (poucas e fracas medidas de segurança), conclui o estudo.

Os ataques informáticos e os casos de burlas online são cada vez mais frequentes e a tendência é aumentarem. Só nos últimos quatro meses, Portugal recebeu mais de 100 mil ameaças. Os ciberataques são vários, cada vez mais sofisticados, e representam uma ameaça, tanto para consumidores como para marcas.

 

Segurança online

De acordo com os resultados do estudo, 55,2% dos consumidores inquiridos afirma ter sido alvo de uma tentativa de burla online e 33,6% admite já ter sido vítima de uma burla online (cibercrime).

À questão “Sabe identificar uma burla/esquema fraudulento?”, 29% dos inquiridos responde que não. E, apesar 71% dos consumidores indicar que sabe identificar uma burla/esquema fraudulento, a análise às respostas sobre “Quais os esquemas fraudulentos que conhece?” mostra uma realidade diferente e revela, pelo contrário, muito desconhecimento sobre o assunto.

A esmagadora maioria diz conhecer os esquemas de burla por SMS e e-mails fraudulentos (87%) e de phishing (81,7%). Seguem-se os esquemas por sistemas de pagamentos eletrónicos (MB Way, Revolut, etc.) com 58,6% dos consumidores a afirmar conhecer, e o spyware, um esquema conhecido para 57,7% dos inquiridos. As maiores lacunas evidenciam-se no ransomware (43,2%), roubo da conta de WhatsApp (19,8%), SIM card swap (14,2%), pharming (7%) e shoulder surfing, com apenas 6,1% a admitir conhecer este esquema.

À pergunta “Que cuidados tem para garantir mais segurança online?”, os resultados apurados indicam que as medidas adotadas pelos portugueses ainda são poucas e pouco seguras. Só 43,4% dos inquiridos admite utilizar sempre redes seguras e somente 49,9% afirma apenas aceder a sites seguros.

Já apenas 23,6% dos consumidores diz utilizar uma VPN, enquanto apenas 27,6% admite guardar as passwords num gestor próprio. Alterar regularmente as passwords é uma ação de segurança feita por 36,4% dos consumidores inquiridos, com apenas 48% dos inquiridos a afirmar ter ativa a autenticação de dois passos nas contas online. Não partilhar passwords ou acessos com terceiros foi um dos cuidados apontados por 85,7% dos consumidores e ter o programa de antivírus atualizado é uma realidade praticada por 68,9% dos inquiridos.

 

Situação de risco

Se saberão os consumidores reconhecer uma situação de risco, os resultados analisados apontam a existência de alguma iliteracia digital. À questão “Quando recebe uma mensagem/email que lhe desperta dúvidas, o que faz?”, apesar de a maioria dos inquiridos responder que ignora ou apaga, há 12,7% que responde “Entro em contacto com o remetente real para perceber se enviou a mensagem/email” e 0,8% que admite:“Confio no remetente, mesmo que a mensagem me pareça estranha”. Nesta resposta, apenas 6% dos consumidores disse “denunciar o caso no Portal da Queixa para perceber se a situação é recorrente”.

Sobre a existência de mecanismos de segurança online no local de trabalho, a salientar que 26,9% dos inquiridos responde que não existem e as medidas indicadas são escassas face aos perigos que os consumidores/utilizadores estão expostos.

Em ambiente profissional, e sobre as medidas implementadas pela empresa para garantir uma maior segurança online, a análise ao estudo constata que a utilização de um programa antivírus atualizado foi a principal resposta obtida: 82,3%. Depreende-se que, ao nível de segurança online empresarial, ainda há muito por fazer: o uso de VPN no local de trabalho reuniu 43,6% das respostas dos consumidores, a utilização de gestor de passwords (32,2%) e a obrigatoriedade de autenticação por dois passos foi referida como medida por 39,3%.

“Este estudo só vem comprovar o que temos vindo a reforçar ultimamente: há uma evidente iliteracia digital que é preciso colmatar com informação e conteúdo fidedigno, que ajude os consumidores neste campo. É igualmente importante denunciar sempre os casos, pois só a partilha pública dessas experiências permite alertar outros consumidores, marcas e entidades, mobilizando-se a sociedade do problema, para a solução”, defende Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa e embaixador da Comissão Europeia para os Direitos do Consumidor.

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