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Mais de metade das empresas nacionais oferece teletrabalho

Regimes de trabalho flexíveis vieram para ficar

teletrabalho empresas

O teletrabalho veio para ficar: no universo das 204 empresas participantes, mais de metade (55%) oferece esta forma de colaboração, revela a sétima edição do Diretório de Empresas, publicação anual da Talent Portugal.

O horário flexível é, igualmente, cada vez mais uma exigência dos trabalhadores, com mais de metade das empresas (51%) a oferecer esta opção. Estes dados demonstram que existe, atualmente, um crescente reconhecimento por parte das empresas da importância da flexibilidade e do “work-life balance” como uma peça central na atração de talentos e na promoção da qualidade de vida dos colaboradores.

Outra tendência recente em destaque é o trabalho nómada. A possibilidade de trabalhar remotamente em qualquer lugar ou parte do mundo já é oferecida por 6% das organizações.

 

Tecnologias de informação mantém-se a área profissional mais procurada

Na lista das áreas profissionais mais procuradas, os profissionais das tecnologias de nformação surgem em primeiro lugar, sendo requisitados por 76% das empresas. Seguem-se os formados em engenharia (64%), cuja importância se deve à grande versatilidade, podendo trabalhar em diversos sectores e atividades, o que lhes confere uma grande empregabilidade. A gestão e economia surge em terceiro lugar (56%), também pela sua versatilidade e presença universal em todas as organizações. Outras áreas de relevo incluem marketing e vendas (51%), recursos humanos (44%), finanças e contabilidade (43%) e apoio ao cliente (33%).

As feiras de emprego em Portugal, que têm registado um grande crescimento, dão uma perspetiva semelhante. Dos 85 eventos listados pela Talent Portugal, as maiores feiras coincidem com as áreas de formação mais procuradas, estando a engenharia na liderança (64% das feiras). Seguem-se as áreas de marketing e vendas, tecnologias de informação e gestão e economia, presentes em mais de metade das feiras de emprego selecionadas.

 

Estágios são a principal forma de integração de colaboradores jovens

Para além do emprego direto, as empresas têm vindo a diversificar as formas de integração dos seus novos colaboradores, em particular dos mais jovens e dos formados no ensino superior. Neste ponto, refira-se que três quartos das empresas do diretório oferecem estágios profissionais, sendo esta a medida pública mais importante e com grande adesão pelas organizações. Os estágios curriculares (70%) são, logo de seguida, a forma de integração mais comum.

Já os estágios de verão são a grande novidade, com um crescimento exponencial nos últimos anos. Atualmente, mais de metade das empresas (52%) já oferece este tipo de abordagem aos estudantes universitários. Através deste primeiro contacto com o ambiente empresarial, os estudantes podem voltar à sua formação com um conhecimento mais sólido sobre o “mundo real” do trabalho, que permite mais tarde orientar as escolhas no início de carreira. Para as empresas, apesar do esforço que significa mobilizar recursos e profissionais para esta atividade de curta duração, é uma excelente forma de detetar futuros colaboradores de elevado potencial, assim como promover o “employer branding”, dada a visibilidade que dão ao interior da empresa.

Além dos programas de “trainees”, oferecidos por 38% das empresas, a realização da tese académica na empresa é a mais recente novidade de ligação das empresas com o meio universitário, estando presente em quase um terço das empresas. Esta é uma forma das empresas acederem diretamente a conhecimento científico e o aplicarem nos seus negócios, o que poderá ser determinante na inovação e desenvolvimento, gerando valor acrescentados aos respetivos produtos e serviços.

 

Saúde e bem-estar são prioridade nas empresas

A saúde e bem-estar dos colaboradores são cada vez mais uma prioridade para as organizações. Atentas a estas necessidades, 20% das empresas disponibiliza espaços de relaxamento e 13% oferece aulas de fitness e ginástica. Apesar de apenas 7% possuir ginásios nas suas instalações, um terço das empresas tem um ginásio próximo, o que pode ser um fator diferenciador na escolha do local de trabalho.

O compromisso das empresas com o bem-estar familiar dos seus colaboradores é também uma tendência em crescimento. Neste sentido, 20% das empresas já oferecem serviços de Ticket Educação e Ticket Infância, que são um complemento à remuneração e ajudam a compensar os casais com filhos pequenos. O mesmo sucede com o seguro de saúde para toda a família, que é já oferecido por cerca de um terço das empresas.

 

Falar português não é obrigatório

Numa altura em que a economia e os negócios estão cada vez mais globalizados, falar idiomas estrangeiros é cada vez mais um fator diferenciador. Nesee sentido, já é possível trabalhar em mais de 40% das empresas que integram o diretório sem saber falar português. Para as empresas, em particular os centros de serviços globais, esta é uma oportunidade de contratarem colaboradores nativos em línguas estrangeiras, reforçando as operações e o contacto com mercados internacionais.

Por outro lado, falar inglês é já um pressuposto, uma vez que a quase totalidade das empresas (94%) valoriza esta competência e o seu desconhecimento é geralmente um fator eliminatório. A par do espanhol, procurado por metade das empresas, também o francês e o alemão são bastante requisitados, por 42% e 25% das empresas. Este facto deve-se ao historial de investimento estrangeiro realizado por empresas francesas e alemãs em Portugal.

 

Lisboa e Porto concentram o maior número de empresas

À semelhança dos anos anteriores, os distritos de Lisboa e Porto registam a maior concentração de empresas (72% e 69%, respetivamente). Além dos dois principais centros urbanos, as regiões do litoral, de Braga a Setúbal e o distrito de Faro têm também uma forte representatividade na rede empresarial nacional.

Refira-se ainda que a escassez de talento está a mobilizar centros de serviços para o interior, especialmente para universidades e politécnicos, o que constitui uma oportunidade de desenvolvimento e atração para estas regiões.

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