O vinho tem vindo a crescer como um dos investimentos mais lucrativos, nos dias de hoje, e é transacionado mundialmente com enorme frequência, o que começa a tornar cada vez mais importante a garantia da autenticidade dos vinhos raros. Embora seja difícil para os investidores identificarem falsificações que são extremamente bem feitas, as empresas de investimento vínico assumem como preocupação a responsabilidade de proteger o portfólio dos investidores.
Mais de quatro mil milhões de dólares são gastos em vinhos falsificados em todo o mundo. Neste contexto, o Oeno Group é a primeira empresa a criar um departamento interno dedicado a este tema, com uma unidade antifraude, especialista nesta área para que a aquisição do vinho seja realizada garantindo a autenticidade e a procedência.
“Após um ano de intensa pesquisa e desenvolvimento, alcançámos o primeiro lugar no sector com o lançamento de nossa unidade antifraude. A nossa missão é dar aos nossos clientes tranquilidade em cada investimento que fazem connosco. Atualmente, são falsificados cerca de quatro mil milhões de dólares em vinhos finos. A unidade antifraude da Oeno trabalha incansavelmente para mitigar o risco, utilizando pessoas altamente experientes no mercado”, adianta Mattia Tabacco, chefe da Unidade Antifraude do Oeno Group.
Verificação
Este é um dos primeiros departamentos antifraude internos criado nas empresas de investimento em vinhos e tem como tarefa implementar um processo de avaliação abrangente, que inclui a verificação do copo, cápsula, rolhas e rótulos na base de dados Oeno, usando ferramentas como microscópios eletrónicos e luzes UV profissionais, técnicas que são usadas pelos principais especialistas mundiais em fraude de vinho.
Nos casos em que a empresa obtém garrafas extremamente raras de casas de leilões ou colecionadores particulares, os vinhos são inspecionados pela unidade antifraude para atestar a qualidade dos mesmos.
Tiago Stattmiller, gestor de contas para o mercado português, explica que “o Oeno Group tem uma equipa de especialistas vínicos vindos de França, Itália, Grécia, Espanha, Austrália, Portugal e até África do Sul, para garantir a autenticidade dos vinhos”.
Vinho falsificado
Num leilão, em Hong Kong, em novembro, uma garrafa de seis litros de Domaine de la Romanée-Conti 2002 foi vendida pelo valor recorde de mais de 350 mil euros. No entanto, a venda foi posteriormente rescindida, devido a suspeitas de que a mesma garrafa já tinha sido vendida num leilão anterior, em setembro, levantando debates sobre a autenticidade. “Embora rótulos raros, como o Domaine de la Romanée-Conti, sejam populares entre os falsificadores mundiais, a fraude do vinho continua a ser o desafio mais premente enfrentado pelos investidores”, diz Mattia Tabacco. “Hoje, a fraude do vinho ocorre de diversas formas e maneiras, desde telefonemas falsos até empresas de fachada de compra de vinho que assaltam empresas de investimento e certificações conhecidas. No início de outubro, a polícia da Catalunha descobriu ‘irregularidades’ em linhas específicas de vinhos que alegavam ser certificados pelas Denominações de Origem Priorat, Montsant e Terra Alta. Em Portugal, também temos todos os cuidados e atenções”, reforça Claudio Martins, embaixador Oeno em Portugal e no Brasil.