A escalada dos preços está a deixar os europeus menos capazes de fazer face às suas despesas mensais, já que os salários não têm acompanhado essa trajetória, indicam os dados Eurostat.
No segundo trimestre, a maioria das pessoas dos Estados-membros da União Europeia que participaram no inquérito sobre as condições de vida reportou um agravamento da dificuldade em fazer face ao fim do mês, em comparação com os trimestres anteriores, o que reflete a subida dos preços desde o início de 2022.
1 em cada 5 pessoas em dificuldades
Entre abril e junho, a quantidade de europeus que garantia facilmente ou muito facilmente equilibrar o orçamento recuou em cadeia em nove dos países para os quais há dados disponíveis, variando entre 3,6% na Bulgária e 40,5% na Finlândia. A maior diminuição foi registada na Eslovénia (menos 4,4 pontos percentuais). Não há dados relativos a Portugal.
Em contrapartida, a quantidade de europeus com maior dificuldade em fazer face às despesas subiu em todos os Estados-membros que participaram no inquérito, exceto na Eslovénia e na Finlândia. Variou entre 11% na Finlândia e 39,8% na Bulgária. O maior aumento desta fatia foi registado em França (5,6 pontos percentuais).
Uma em cada cinco pessoas estava em dificuldade ou grande dificuldade para fazer face às despesas na Bulgária, Eslováquia, Itália e França, indica o Eurostat.
