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Jerónimo Martins divulga segundo relatório de progresso de combate à desflorestação e conversão de ecossistemas

Jerónimo Martins

O Grupo Jerónimo Martins tornou público, pelo segundo ano, o relatório “Contribuir para um Futuro Positivo para a Floresta”, onde apresenta as suas políticas, compromissos e progresso nos combates à desflorestação e à conversão de ecossistemas de alto valor de conservação.

Este relatório é produzido no âmbito da Forest Positive Coalition of Action (FP CoA), iniciativa do The Consumer Goods Forum que o grupo subscreveu em 2019, sendo a única empresa portuguesa entre os seus 21 subscritores. Trata-se de um exercício de transparência e reporte de progresso que demonstra e abre ao escrutínio público o trabalho que o grupo desenvolve desde 2014 com o objetivo de contribuir para o combate à desflorestação e à conversão para outros usos de ecossistemas que são de alto valor de conservação.

É também, desde 2014, que o grupo participa no CDP Forests, um dos programas da avaliação anual do CDP que analisa quatro “commodities” (óleo de palma, papel e madeira, carne bovina e soja) e que, há três anos consecutivos, posiciona a Jerónimo Martins como líder mundial do seu sector.

Enquanto empresa cotada em Bolsa e que é, atualmente, seguida por mais de 40 analistas ESG, temos na transparência e no rigor dois eixos centrais do nosso trabalho. Estamos certos de que a aplicação destes princípios na comunicação dos nossos compromissos e do grau de cumprimento dos objetivos a que nos propomos tem contribuído de forma decisiva para sermos, há três anos consecutivos, a nível mundial, o retalhista alimentar com o melhor desempenho no CDP Forests, e para estarmos incluídos em mais de 100 índices internacionais de sustentabilidade”, afirma Sara Miranda, diretora de Comunicação e Responsabilidade Corporativas do Grupo Jerónimo Martins. “Investir em sustentabilidade é uma maneira de estar no mundo dos negócios que procura respeitar equilíbrios, conjugar o curto e o médio-longo prazos através de decisões que são tomadas no dia-a-dia, ao longo de toda a cadeia de valor. Só pensando e agindo assim é que uma marca pode ambicionar viver 230 anos, como é o caso de Jerónimo Martins, e continuar a projetar-se no futuro”, acrescenta.

 

Futuro positivo para a floresta

Estamos orgulhosos por trabalhar com a Jerónimo Martins na nossa iniciativa Forest Positive Coalition of Action. Enquanto membro retalhista de importância chave, a Jerónimo Martins está a dar um grande exemplo aos outros retalhistas sobre operar a mudança para um futuro positivo para a floresta, ao longo de toda a cadeia de valor, gerando resultados positivos para o clima, para a natureza e para as pessoas”, afirma Didier Bergeret, diretor de Sustentabilidade do The Consumer Goods Forum.

Neste relatório, o grupo apresenta as suas políticas, compromissos e progresso, em 2021, no que diz respeito à gestão da presença nos seus produtos de marca própria e perecíveis das quatro principais “commodites” associadas à desflorestação e à conversão de ecossistemas: óleo de palma, soja, papel e madeira e carne bovina. Apresenta também outras iniciativas desenvolvidas para contribuir para um futuro positivo para a floresta.

 

Utilização de óleo de palma certificado

Em 2021, à semelhança de 2020, 100% do óleo de palma presente nos produtos de marca própria e perecíveis comercializados nas insígnias de Portugal e Polónia tinha certificação RSPO.

Na Colômbia, em relação ao óleo de palma presente nos produtos da insígnia do grupo, 95% é produzido no país, tendo a Ara aderido à iniciativa do governo colombiano “Acordo Voluntário para a Desflorestação Zero na Cadeia de Óleo de Palma na Colômbia”. Esta iniciativa conta também com o apoio de organizações da sociedade civil, como a RSPO, a Proforest, a Tropical Forest Alliance e a WWF.

 

Redução da soja de origem desconhecida e proveniente de países com risco de desflorestação

A Jerónimo Martins antecipou em dois anos o compromisso de reduzir em 50% a soja de origem desconhecida, para 16% do total de soja direta e indireta, esta última presente nas rações dos animais, representando uma redução de cerca de 15 pontos percentuais (p.p) face a 2020.

 

Aumento das fibras do papel e da madeira recicladas e certificadas

Em 2021, 81% das fibras do papel e da madeira presentes nas embalagens de marca própria e perecíveis era reciclado, mais 11 p.p. do que 2020. O consumo total de fibras virgens nas embalagens foi de 38.710 toneladas, das quais 70% tinha certificação FSC ou PEFC, mais 5 p.p. do que em 2020.

No que diz respeito às fibras virgens utilizadas nos produtos de marca própria, mais de 80% detinha certificado de sustentabilidade FSC ou PEFC, contribuindo para o objetivo do grupo de atingir, até 2030, os 100% de certificação de sustentabilidade para as fibras virgens utilizadas nos produtos e embalagens das suas marcas próprias e perecíveis.

 

Mapeamento da origem da carne bovina

Em conjunto com os seus fornecedores, o grupo conseguiu mapear a origem de 100% da carne bovina utilizada nos produtos de marca própria e perecíveis, pelo menos, até ao nível do país de produção.

Para mais de 90% da sua pegada de carne bovina, no caso de países com risco de desflorestação (Brasil, de acordo com a FP CoA), o rastreio vai até ao nível do matadouro. Apenas 0,5% do total de carne bovina utilizada pelo Grupo Jerónimo Martins provém do Brasil. Com base neste nível de rastreabilidade, será mais fácil introduzir medidas de combate à desflorestação e à conversão de ecossistemas de alto valor de conservação.

 

Recuperação, preservação e valorização da paisagem da Serra do Açor

Iniciado em 2019, em conjunto com entidades locais (Câmara Municipal de Arganil), a sociedade civil (associação local de proprietários de terrenos) e a comunidade académica (Escola Superior Agrária de Coimbra), este projeto incide sobre uma área de 2.500 hectares na Serra do Açor que foi devastada pelos incêndios florestais de 2017. Trata-se de uma intervenção, ao longo de 40 anos, com um financiamento de cinco milhões de euros assegurados pela Jerónimo Martins, que combina plantação de árvores, recuperação e gestão ativa dos ecossistemas florestais, criação de fontes de rendimento locais e conservação da biodiversidade.

O objetivo é criar uma floresta sustentável, resiliente ao fogo, que concilie a produção com a conservação, e contribua para atrair população para uma zona do país cada vez mais despovoada. É esperado que, até final de 2022, mais de 570 mil árvores tenham já sido plantadas numa área de 930 hectares.

 

Promover paisagens sustentáveis no Mato Grosso

Iniciada em 2022, no estado do Mato Grosso (Brasil), a parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazónia (IPAM) e a Nestlé pretende criar um modelo de governo local em quatro municípios (Campos de Júlio, Campo Novo de Parecis, Sapezal e Tangará da Serra) e identificar e avaliar os ativos florestais em explorações de soja e carne bovina existentes, com vista a protegê-los de eventuais ações de desflorestação, mesmo em áreas onde legalmente estas fossem admitidas.

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