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Investimento no sector agrícola supera os 700 milhões de euros na Península Ibérica

O número de fundos que investem no sector agrícola multiplicou-se 15 vezes, nos últimos 15 anos, alcançando um volume superior a 700 milhões de euros na Península Ibérica, em 2020, conclui a CBRE, através de uma análise ao sector em Portugal e Espanha.

Um aspeto muito relevante para o investimento no sector agrícola é a solidez dos dados económicos, sobretudo, quando não é habitual encontrar um sector que apresente rentabilidades históricas sólidas (cerca de 15%).

A classe de ativos do sector Agribusiness converteu-se num tipo de investimento com uma relação risco/rentabilidade muito atrativa para diversos investidores e o aumento da procura alimentar tem atraído investidores. Calcula-se que a produção alimentar crescerá entre 60% a 70% para dar resposta ao aumento da população mundial que, até 2050, atingirá nove mil milhões de pessoas.

Em Portugal, propriedades com infraestruturas de irrigação no Alqueva podem atingir 25 mil euros por hectare (para culturas permanentes), sendo que uma produção de amêndoa em estágio maduro pode exceder os 80 mil euros por hectare.

Nos últimos cinco anos, o investimento em propriedades rurais aumentou em Portugal, especialmente no Alentejo e em Idanha-a-Nova. “Se há 10 anos o investimento no sector agrícola era considerado de alto risco e enorme volatilidade pela maioria dos investidores, hoje, o paradigma é muito diferente. O interesse no sector reside na simplicidade desta classe de ativos, que estão intrinsecamente ligados a uma necessidade diária do ser humano, que é a alimentação, e que tem demonstrado rentabilidades muito interessantes e sólidas”, reforça Thomas Teixeira da Mota, diretor da área de Agribusiness da CBRE para o Sul da Europa.

 

Península Ibérica

No quadro da Península Ibérica, o relatório da CBRE indica que os produtos agrícolas, como o azeite, o vinho, os citrinos ou os frutos secos, assim como o suave clima do mediterrâneo e a disponibilidade de recursos hídricos (com destaque para o Alqueva) suscitaram o interesse dos investidores internacionais na região ao longo dos últimos anos. “A grande vantagem da Península Ibérica é o seu calendário de produção e as horas de sol. São condições climatéricas imbatíveis, que garantem a qualidade e diversidade das culturas”, acrescenta Thomas Teixeira da Mota.

A disponibilidade de terrenos de regadio na Península Ibérica constitui outro aspeto relevante, ao abarcar mais de quatro milhões de hectares de terrenos com esta característica. Em Portugal, a construção da barragem do Alqueva, em 2012, garantirá a ampliação do terreno de regadio a mais 50 mil hectares.

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