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Inflação da zona euro atinge mais um recorde em agosto

Foto Shutterstock

A inflação da zona euro aumentou e atingiu outro recorde em agosto, superando as expectativas e solidificando os argumentos a favor de mais aumentos das taxas do Banco Central Europeu.

O crescimento dos preços ao consumidor nos 19 países que partilham a moeda euro subiu para 9,1% em agosto de 8,9% um mês antes, acima das expectativas de 9% e mantendo-se bem longe do objetivo de 2% do BCE, mostram dados do Eurostat.

Os custos energéticos continuaram a ser o motor dos preços, mas a inflação dos alimentos também subiu para o território de dois dígitos, enquanto que os bens industriais não energéticos, um foco especial para o BCE, mostraram um aumento de preços de 5%.

 

Perspetivas

Os números só aumentam as preocupações do BCE à medida que este se prepara para outra grande subida de taxas na próxima semana, mas as perspectivas são ainda mais sombrias.

A subida dos preços da energia mesmo antes do início da estação fria e a inversão de alguns subsídios alemães quase que asseguram que a inflação continuará a subir e excederá 10% antes de um pico por volta da passagem de ano.

Mas mais importante ainda, o crescimento dos preços subjacentes continuou a disparar, sugerindo que o rápido crescimento dos preços está a espalhar-se pela economia.

A inflação, excluindo os preços dos alimentos e dos combustíveis, saltou de 5,1% para 5,5% enquanto que numa medida ainda mais estreita, que também exclui o álcool e o tabaco, esta subiu de 4,0% para 4,3%.

 

Inflação elevada

Com uma inflação demasiado elevada durante demasiado tempo, está agora em risco de se enraizar, pelo que as taxas de juro continuarão a subir, provavelmente nas três reuniões restantes do BCE este ano.

As taxas deverão atingir o chamado nível neutro, que não estimula, nem abranda a economia, por volta da viragem do ano e a única questão é se o BCE irá ultrapassar esse nível.

Contudo, tal decisão está a meses de distância, e é provável que o bloco esteja em recessão nessa altura, uma vez que os elevados custos energéticos pesam na produção e nos gastos dos consumidores, diz uma análise da Reuters.

Isto obrigará o BCE a reavaliar a sua posição e a considerar se uma recessão é uma força deflacionária suficiente para travar o crescimento dos preços no consumidor ou se ainda é necessário um aperto político absoluto.

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