Dentro de 12 anos, data em que assinalará o seu centenário, a marca de café italiana Illy quer atingir a neutralidade carbónica.
“Se nada fizermos, a nossa produção de café será ameaçada” indica Andrea Illy, chairman da empresa, ao jornal belga De Tijd, aludindo às alterações climáticas que, mantendo-se o ritmo atual, destruirão cerca de metade das plantações de café existentes até 2050.
Compromissos
A Illy está a trabalhar em diversas possibilidades para lidar com as alterações climáticas, a começar pela produção de um modo mais eficiente e pela aposta em novas variedades. “Mapeámos o genoma da planta de café Arábica e disponibilizámos esse conhecimento ao mundo. Essa informação irá ajudar os cientistas a desenvolver novas variedades”, revela.
Paralelamente, a empresa quer evitar as monoculturas e assegurar que os solos são fertilizados naturalmente e mais bem irrigados. “Queremos combater a desflorestação. Se as árvores desaparecerem, as plantas de café não terão suficiente sombra”, sublinha Andrea Illy.
Por este motivo, a empresa quer apostar no agroflorestal, ou seja, o crescimento de cultivos em áreas da floresta com sombra. Além disso, pretende capturar CO2 e injetá-lo no solo, criando um ciclo de carbono nas zonas onde o café é cultivado.
Fábricas
Não são só as plantações que são responsáveis pelas emissões de carbono da empresa. A Illy possui três grandes fábricas em Triestre, na Itália. Recentemente, a empresa tem tentado torná-las mais sustentáveis, resultando numa descida de 66% nos gases com efeito de estufa, comparativamente há 10 anos. As fábricas possuem, agora, inteiramente a energia renovável e recuperam o calor gerado para aquecimento de água.