A Ikea quer investir três mil milhões de euros, até 2023, em lojas novas e nas já existentes, grande parte para modificar os pontos de venda localizados fora da cidade, para que possam funcionar como centros de distribuição de e-commerce.
Tolga Oncu, gestora de retalho do Ingka Group, que detém a maioria das lojas Ikea em todo o mundo, disse à agência Reuters que este investimento será realizado em todas as regiões, embora cerca de um terço esteja destinado a Londres, um terreno fértil de teste para novos formatos de loja e configurações logísticas. “A maior parte será alocado nas nossas lojas existentes, uma vez que falamos em transformar e redesenhar o propósito dos metros quadrados”.
Nos últimos anos, o Ingka Group tem-se adaptado ao aumento das compras online, desenvolvendo lojas mais pequenas, renovando o seu website e lançando uma nova app, bem como serviços digitais, como ferramentas de planeamento remoto. “Sentimos que temos de recuperar no elo final da nossa operação e percebemos que, ao incluir as lojas na nossa rede de última milha, podemos criar uma situação vantajosa“, detalhou.
Lojas como parte da rede de última milha
Fazer o envio de encomendas online a partir dos armazéns das lojas próximas das cidades resultará, no entender de Tolga Oncu, em entregas mais rápidas e com menor custo e emissões de carbono mais baixas face ao envio de alguns centros logísticos. A automatização destes armazéns representará grande parte do investimento anunciado.
Nos últimos três anos fiscais, o Ingka Group investiu cerca de 2,1 mil milhões de euros em lojas novas e nas já existentes nos seus 32 mercados.
O investimento mais recente também se concentrará em novas lojas do modelo tradicional da Ikea na Roménia, na China e na Índia e em novos pontos de venda localizados nos centros das cidades, bem como em estúdios de planeamento, no Canadá, na Dinamarca, em Itália, na Índia e nos, Estados Unidos, entre outros países.