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Guerra na Ucrânia culpada pela crescente insegurança alimentar global

Foto Grand Warszawski/Shutterstock

A guerra na Ucrânia é a culpada de exacerbar uma insegurança alimentar mundial “já terrível”, com os choques de preços e nos fornecimentos a aumentarem as pressões inflacionistas globais, disse a secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, citada pela Reuters.

Mesmo antes da guerra, mais de 800 milhões de pessoas, ou 10% da população global, sofriam de insegurança alimentar crónica e as estimativas mostravam que preços dos alimentos mais elevados poderiam empurrar, pelo menos, mais 10 milhões de pessoas para a pobreza.

Janet Yellen defendeu que os países de alto nível deveriam evitar proibições de exportações que poderiam aumentar, ainda mais, os preços e, ao mesmo tempo, aumentar o apoio às populações vulneráveis e aos pequenos agricultores, uma mensagem sublinhada pelo ministro alemão das Finanças, Christian Lindner.

 

Manter os mercados agrícolas abertos

Falando em nome do grupo das sete economias mais avançadas, Christian Lindner disse que era necessária uma ação direcionada e coordenada e apelou a todos os países para que mantenham os mercados agrícolas abertos e não imponham restrições injustificadas à exportação de produtos.

Atualmente liderado pela Alemanha, o G7 comprometeu-se a trabalhar com as instituições financeiras internacionais e organizações governamentais semelhantes para agir de forma ágil.

Durante um encontro realizado no passado dia 13 de abril na capital norte-americana, Janet Yellen sublinhou o compromisso de Washington em autorizar ajuda humanitária essencial e garantir a disponibilidade de produtos alimentares e agrícolas, em benefício das pessoas em todo o mundo, mesmo que continue a aumentar as suas sanções e outras medidas económicas contra a Rússia. De igual modo, destacou que é fundamental reforçar a resiliência, a longo prazo, e apelou às instituições financeiras internacionais para que ajudem a mitigar a escassez global de fertilizantes e as interrupções da cadeia de abastecimento de alimentos e de fornecimento crítico.

 

Agitação política e social

O ministro das Finanças indonésio, Sri Mulyani Indrawati, disse aos participantes neste encontro que a segurança alimentar seria uma questão fundamental na primeira sessão da reunião de representantes das finanças do G20, atualmente liderado pela Indonésia, alertando que os aumentos dos preços dos alimentos e da energia poderão “criar enormes distúrbios políticos e sociais“.

Vários participantes apelaram à comunidade global para que analisasse as ferramentas existentes, como o Programa Global de Agricultura e Segurança Alimentar, criado pelo G20 em resposta à crise dos preços dos alimentos de 2008.

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