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Escritórios e logística europeus são os segmentos que menos sentem os impactos energéticos

De acordo com os últimos estudos da Savills, escritórios e logística europeus são os dois segmentos imobiliários comerciais mais protegidos dos impactos energéticos, uma vez que os custos de utilização representam uma parte relativamente pequena das despesas totais das empresas.

A consultora imobiliária internacional estima que a participação dos custos de energia reflita 2% a 4% das despesas totais dos “tenants” nos dois sectores. Os colaboradores das empresas são responsáveis por mais de 50% dos custos totais dos “tenants” de escritórios e as despesas combinadas de transporte e pessoas representam mais de 75% dos custos totais para os ocupantes de espaços de armazém.

 

Sectores mais afetados

De um modo geral, os retalhistas consomem maiores quantidades de energia e nem sempre conseguem transmitir esses mesmos custos aos clientes, enquanto os data centres (CPD) e o sector das ciências da vida dependem fortemente de energia. No entanto, a eficácia da utilização de energia (PUE) nos centros de dados está a melhorar continuamente e os operadores atuais estão a explorar fontes de fornecimento de energia mais alternativas e mais ecológicas, como as células de combustível de hidrogénio “on-site”, que também poderiam ser introduzidas no sector das ciências da vida.

A Savills acredita que os retalhistas poderiam considerar outras soluções (mais fáceis), como baixar a temperatura nas suas lojas, apagar as luzes fora do horário de funcionamento ou fechar as portas. Uma pesquisa da Universidade de Cambridge mostra que fechar as portas das lojas no inverno reduz a utilização de energia e as emissões de carbono em até 50%.

Dan Jestico, Director Savills Earth, afirma que “o sector imobiliário está significativamente exposto ao impacto da crise energética e enfrenta múltiplos desafios num futuro próximo, para garantir energia fiável, acessível e ‘limpa e verde’. Tanto os proprietários como os ‘tenants’ deverão enfrentar estes desafios em conjunto, investindo em intervenções energeticamente eficientes, promovendo melhorias tanto nos materiais dos edifícios como nos sistemas que consomem energia para, desta forma, reduzir os consumos e os custos a longo prazo”.

 

Contrariar o impacto da crise de energia

Bram de Rijk, European Research Associate da Savills, afirma que “a Europa está agora fortemente posicionada para contrariar o impacto da crise energética, em resultado do inverno ameno de 2022-23, da redução do consumo de gás e do aumento dos níveis de armazenamento. No entanto, e embora tenhamos entrado na primavera, com temperaturas mais quentes, a resiliência à crise energética será verdadeiramente testada no próximo inverno, quando os governos estiverem menos disponíveis para apoiar famílias e empresas, especialmente se for mais frio durante um período mais longo”.

Nuno Fideles, Head of Sustainability, Savills Portugal, aponta que “a crise energética veio acelerar na legislação europeia a necessidade de se trabalhar mais e melhor na redescoberta de soluções passivas e inovadoras nos edifícios, no uso de energias alternativas, na criação de comunidades solares e na utilização mais inteligente dos espaços interiores e exteriores dos edifícios. A aplicação destas soluções será uma resposta a ter em conta pelas empresas. quer nos seus objetivos de descarbonização, quer também nas soluções ESG e ‘well-bein’ que disponibilizam aos seus colaboradores.

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