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Empresas europeias de “high tech” deslocam produção para junto dos consumidores

As empresas europeias de alta tecnologia esperam um crescimento significativo nos próximos anos e estão a adotar um conjunto de soluções nas suas redes de fornecimento para dar resposta a esta realidade, conclui o estudo “UPS Change in the (Supply) Chain.

Os resultados da quinta edição do estudo realizado pela UPS em parceria com a IDC Manufacturing Insights, revelam que, apesar de o “off-shoring” continuar a ser amplamente utilizado com o intuito de reduzir custos com a mão-de-obra, um grande número de empresas na Europa já implementa estratégias de “near-shoring”. 34% dos inquiridos afirmam ter adotado esta estratégia que consiste na deslocação das unidades de produção e linhas de montagem para locais mais próximos da procura (onde os produtos são consumidos).

O estudo demonstra também que existe uma forte aposta das tecnológicas europeias na impressão 3D – 66% já utilizam esta tecnologia nas suas cadeias de produção. Na Europa, 70% dos empresários entrevistados utilizam esta técnica na conceção de novos produtos e 63% para a criação de peças sobressalentes, um número relativamente elevado quando comparado com os resultados a nível mundial do estudo em que apenas 24% dos inquiridos afirmam utilizar a impressão 3D em peças sobressalentes.

As empresas de alta tecnologia podem agora responder melhor à exigente dinâmica do mercado, uma vez que estão a construir estratégias de shoring e cadeias de abastecimento cada vez mais flexíveis,” refere Scott Aubuchon, vice-presidente de Marketing da UPS Europa. “A indústria tecnológica na Europa está a adotar uma abordagem holística para a avaliação dos custos de transporte e do tempo de entrega dos seus produtos,” conclui.

De salientar igualmente que 56% dos executivos europeus apontam o “right-shoring” como elemento importante da sua estratégia de negócio. O “right-shoring” foca-se na otimização dos processos logísticos através da avaliação de um conjunto de fatores – que incluem custos, qualidade e tempo necessário para recuperação de uma eventual falha operacional – para determinar a proximidade dos recursos necessários à produção, armazenamento e distribuição.

A perspetiva de crescimento global no que toca às exportações é elevada, inclusivamente na Europa. Segundo o estudo da UPS, 39% dos entrevistados estimam que as exportações vão continuar a crescer ao ritmo atual nos próximos dois anos. Já 19% admitem que as exportações de “high tech” vão ter um crescimento mais acentuado.

As empresas deste sector têm penetrado com êxito nos mercados emergentes. Para além da China (66%), os decisores empresariais da Europa admitem já estar a exportar para a Índia (41%) e o Brasil (31%). No próximo ano, 35% das empresas europeias de “high tech” planeiam entrar no mercado brasileiro. Já a Índia vai ser o destino de 33% das tecnológicas da Europa.

Embora a entrada nestes mercados registe valores elevados, as barreiras à expansão das empresas do sector continuam a fazer-se sentir. Para os decisores europeus da indústria, o estabelecimento das operações iniciais nos países de destino constituem o principal desafio à expansão além-fronteiras (40%), seguindo-se os desafios culturais (38%) e a atualização constante dos requisitos regulamentares (34%). Já em termos globais, a principal barreira passa pela adaptação às diferentes regulações dos mercados internacionais.

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