A maioria dos fabricantes e distribuidores de produtos alimentares não acredita que a espiral inflacionista tenha atingido o seu pico. Esta é uma grande preocupação, uma vez que a pressão sobre os custos das matérias-primas continua a aumentar. Sete em cada 10 empresários do sector acreditam que isso terá impacto nos seus resultados, de acordo com um inquérito realizado pela Aecoc, a Associação de Fabricantes e Distribuidores espanhola.
Aumento de preços
44% dos inquiridos manifesta preocupação com as mudanças no sector dos bens de consumo causadas pela queda do rendimento das famílias, enquanto para 26% a perda do poder de compra da classe média é o seu maior desafio.
A maioria aumentou os preços, no início do ano, embora a pressão sobre os custos não se exclua novas subidas. Segundo a Aecoc, 34% dos empresários espera agravar os seus resultados, em 2022, devido ao contexto atual.
Face ao cenário inflacionista, com aumentos dos preços dos alimentos, 40% optou por intensificar os planos internos de eficiência e poupança e uma percentagem bastante semelhante, 37%, optou por absorver parte dos custos adicionais e reduzir as margens, de acordo com este mesmo estudo.
Enfrentar a inflação
A redução do IVA nos géneros alimentícios básicos é a alternativa mais escolhida como fórmula para agir contra esta inflação, ideia que 39% dos inquiridos votou como a mais eficaz.
O aumento dos custos de produção continua a ser o que mais preocupa, nos planos de curto e médio prazo de 73% dos empresários, refere o estudo, com três em cada quatro inquiridos a responderem que mantêm uma atitude positiva.