Recursos Humanos
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Em 48% dos departamentos de recursos humanos os processos manuais são a regra

IDC e Cegid apresentam estudo sobre maturidade digital

Cerca de metade das organizações ainda realiza a maior parte dos seus processos de recursos humanos de forma manual. E só cerca de um terço tem as suas soluções integradas. Estas são duas das principais conclusões do novo estudo da IDC, “2024 HR Maturity Index: The Yardstick for HR Transformation”, patrocinado pela Cegid.

O estudo tem por base inquéritos realizados a nível mundial (17 países da Europa, América Latina e América do Norte), a 740 profissionais de recursos humanos de nível de direção ou superior, de empresas com mais de 500 colaboradores e de todos os sectores de atividade. À escala global, o estudo destaca que, enquanto as organizações da América Latina enfrentam desafios operacionais, nas do Canadá e da Europa as cargas de trabalho transacionais estão mais digitalizadas e automatizadas. Este avanço do Canadá na área dos recursos humanos deve-se, em parte, à sua proximidade com os Estados Unidos, uma referência em termos de inovação nas práticas de RH.

O estudo da IDC retrata a realidade dos departamentos das grandes empresas, os seus desafios, oportunidades e necessidades. Para 42% dos entrevistados, a melhoria da experiência dos colaboradores é a sua principal prioridade, enquanto para 39% é a formação e o desenvolvimento de carreira dos colaboradores. Por outro lado, 32% afirma estar focado em desenvolver uma estratégia de recursos humanos.

 

Grande margem de melhoria na automatização dos processos

A tecnologia é, em simultâneo, uma lacuna e uma promessa para o futuro da gestão de pessoas, revela o estudo. Perante a pergunta “Numa frase, como vê o futuro dos RH?”, a maioria dos entrevistados associa o seu futuro à tecnologia e a um grande foco no colaborador.

Os inquiridos acreditam que a inteligência artificial generativa irá desempenhar um papel muito importante nos recursos humanos. E, de facto, grande parte dos processos desta área é repetitiva e pode ser automatizada, desde a publicação de ofertas de emprego e seleção de CVs até ao controlo de assiduidade e ao processamento de salários. No entanto, apenas 52% das organizações automatizou metade ou mais destas tarefas. E só 22% dos entrevistados conta com a maioria dos processos automatizados.

A presença da tecnologia no domínio da gestão de pessoas é indispensável aos líderes de RH, especialmente nas grandes organizações. No entanto, estamos conscientes de que alguns ainda não conhecem as vantagens em matéria de desempenho operacional e financeiro da adoção de tecnologia, em especial de soluções de automatização“, considera Josep María Raventós, diretor executivo de SMB & CPA da Cegid em Portugal e África. “Automatizar as tarefas mais rotineiras liberta tempo aos profissionais para as de maior valor acrescentado, como criar e implementar uma experiência diferenciadora para os colaboradores. A juntar a isto, a tecnologia permite recolher dados e ter uma visão global, em tempo real, do desempenho da organização. O resultado será a base de melhores processos de decisão, mais ágeis, e da implementação de medidas que atraiam e retenham talento. E é com talento que se obtêm resultados efetivos“, conclui.

A integração entre os processos de recursos humanos apresenta números preocupantes: 32% dos inquiridos afirma que apenas algumas das suas aplicações de gestão de pessoas estão integradas e estas são específicas para determinadas funções. Apenas 13% dos profissionais conta com integração total.

Recursos humanos estudo

De um modo geral, o estudo evidencia que existe uma correlação direta entre o nível de digitalização e o crescimento dos lucros das empresas: 44% das organizações que estão na vanguarda dos processos de digitalização obteve resultados positivos nos últimos 12 meses.

 

Colaboração, estratégia e tecnologia

Numa visão macro do estudo, para além da tecnologia, são observadas duas outras áreas de melhoria: colaboração e estratégia. Relativamente à colaboração, verificou-se que 39% dos profissionais de recursos humanos ainda trabalha sem qualquer ligação com outros departamentos da empresa. Por outro lado, 28% colabora de forma muito ocasional. Atualmente, as tarefas em que estão mais envolvidos estão ligadas à comunicação interna, gestão da mudança, “employer branding” ou diversidade e inclusão.

No que respeita à estratégia de recursos humanos, a maioria tem um sólido historial em termos de políticas de diversidade, inclusão ou experiência dos colaboradores. No entanto, o estudo salienta a falta de competências analíticas e de “reporting”, com 56% dos entrevistados a afirmar que demora vários dias a elaborar qualquer tipo de relatório.

 

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