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E-commerce cresce 17% em Portugal

Foto Shutterstock

O e-commerce, em Portugal, registou em 2018 um crescimento de 17%, alcançando um valor total na ordem dos cinco mil milhões de euros. Esta é a principal conclusão do “CTT e-Commerce Report 2019”, divulgado esta sexta-feira, dia 8 de novembro, na quarta edição do CTT e-Commerce Day.

O relatório conclui também que há mais portugueses a comprar online. 46% dos portugueses fizeram, pelo menos, uma compra online durante o ano de 2018 (mais 10% que em 2017), equiparando Portugal à média dos países do sul da Europa (47%), de entre os quais o mercado espanhol continua a destacar-se como o que mais cresce.

Por outro lado, aumentou também o número de compras de produtos (13,8 compras anuais, isto é, mais 14% que no ano anterior), associado quer ao aumento do número médio de produtos por compra, quer ao aumento da sua frequência.

Para Alberto Pimenta, diretor de e-Commerce dos CTT, “as conclusões do relatório mostram bem o crescimento do comércio eletrónico em Portugal, que assume um papel cada vez mais relevante nos hábitos de compra dos portugueses. Os CTT querem continuar a liderar o crescimento deste segmento, em colaboração com startups e outras empresas e lançando soluções inovadoras que propiciem uma excelente experiência de compra”.

O “CTT e-Commerce Report 2019” conclui ainda que o perfil do “e-buyer” português caracteriza-se pela predominância do género feminino (51,5%), mais adulto e centrado nas idades ativas dos 25 aos 44 anos (66%), logo seguido dos mais jovens (23%), urbano (Lisboa e Porto) e oriundo das classes sociais média alta e média (81% e 77%, respetivamente, destes segmentos populacionais compram online).

Quanto à origem das compras, os “e-buyers” portugueses continuam a comprar maioritariamente em sites e/ou plataformas de e-commerce internacionais. A China surge claramente como a origem mais referida (70%), seguindo-se a Espanha e o Reino Unido.

A compra online é comandada pelo preço e pela mobilidade. O smartphone é o canal, por excelência, onde ocorre a transação, seja na pesquisa (86%), seja no pagamento (80%), seja na notificação e combinação da entrega. Por outro lado, o preço é o principal “driver” que leva à compra online, seja sobre a forma de descontos face às lojas físicas (68%) ou promoções (62%).

O peso das compras em canais online tem vindo a aumentar: 38% dos “e-buyers” revelam que as compras online já superam as compras em lojas físicas. E de entre os canais de compra online preferidos, 68% dos “ebuyers” revelam preferir comprar nos marketplaces em detrimento das lojas online das marcas (41%). Apesar do crescimento das compras online, a experiência omnicanal tem de ser olhada como uma realidade do comércio em geral. Cerca de 97% dos “e-buyers” portugueses revelam que compram nos canais online, mas também nas lojas físicas.

No domínio das entregas das suas encomendas online, o “e-buyer” português privilegia mais a previsibilidade da entrega, em termos de dia (52%) e hora (47%), do que o tempo de entrega (39%). De destacar, no entanto, que persistem e são reveladas quer pelos “e-buyers” quer pelos “e-sellers” as expectativas e tendências da entrega gratuita, da maior rapidez e da maior conveniência em termos de novas opções de locais de entrega, para além do domicílio, que não deixa de continuar a ser a mais preferida pelos “e-buyers” (87%). Destaque para as opções de entrega alternativas em pontos de conveniência (cerca de 60%), local de trabalho (46%), click&collect (37%) e cacifos automáticos e outras soluções (29%).

Em termos de perspetivas de crescimento por parte dos “e-sellers” portugueses no futuro próximo (seis meses), e tendo por base o barómetro de e-commerce dos CTT, de referir que cerca de 82% dos “e-sellers” apontam crescer mais de 10%, dentro dos quais 32% estimam crescer acima dos 20%. O retalho online, onde os marketplaces, a par da internacionalização, tendem a assumir-se como canais cada vez mais relevantes, continuará a crescer claramente acima do retalho físico: 73% dos membros do painel preveem crescimento até 10% acima e 19% estima crescimento entre 10% e 50% acima.

Preveem-se crescimentos significativos para a época alta de 2019, em resultado das campanhas Black Friday, Cyber Monday, Singles Day e Natal. Cerca de 60% dos “e-sellers” inquiridos preveem um crescimento entre 20% e 50%, em relação aos valores médios do resto do ano, enquanto os outros 40% apontam para crescimentos de vendas ainda superiores.

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