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Digitalização ajuda as empresas a gerir alterações na procura

Foto Shutterstock

As alterações na procura, a emergência de ocasiões de consumo e a mudança nos modos de compra foram identificadas pela GlobalData como os três principais aspetos aos quais as empresas de consumo e de foodservice se devem adaptar, devido à pandemia.

O relatório “Future of Work in Consumer – Thematic Research” indica que as empresas foram forçadas a acelerar a sua digitalização, de modo a gerir a procura pelas entregas ao domicílio e por serviços “on demand”. “A Covid-19 mudou as atitudes e prioridades em torno do equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. O confinamento e o distanciamento social aceleraram o crescimento das plataformas de e-commerce, em detrimento do retalho físico. De facto, a penetração do online aumentou de 10,3% de todas as vendas a retalho, em 2019, para 13,3%, em 2020, de acordo com o Retail Intelligence Center da GlobalData. Para encarar o futuro, os retalhistas necessitam de encontrar formas inovadoras de abordar esta mudança para o digital”, afirma George Henry, analista na área de consumo na consultora.

 

Automatização

Durante 2020, foram feitos vários testes de entregas ao domicílio através de robots autónomos, algo que poderá vir a ganhar tração tendo em conta a necessidade de entregas sem contacto, mesmo após a crise pandémica ter terminado. Uma pesquisa conduzida pela GlobalData em 2018 indicava que 47% dos consumidores inquiridos a nível mundial considerava os serviços de entrega automatizados atrativos, percentagem que se elevava para 59% entre os Millennials. “Apelar aos nativos digitais, que são, muito provavelmente, os consumidores que estão a motivar as adaptações estruturais nos hábitos de consumo, é fundamental, uma vez que este segmento é o mais recetivo a mudanças de longo prazo, como as entregas através de drones. Os robots são uma inovação importante devido aos constrangimentos de tráfego causados pelo número excessivo de veículos nas zonas urbanas. As entregas automatizadas procuram reduzir estes riscos e ajudam as empresas a reduzir significativamente os custos na última milha, o elo da cadeia de abastecimento mais dispendioso”, prossegue George Henry.

 

Retalho

A pandemia também obrigou os retalhistas a rever o seu posicionamento, assim como o valor das “flagship stores” localizadas nos centros das cidades. “Os planos para reduzir dramaticamente o espaço de loja são uma reação direta à queda no tráfego e aceleração das compras à distância. À medida que as economias começam, em certa medida, a regressar à normalidade, os escritórios continuarão a ser localizações valiosas para as empresas que viram os seus colaboradores a sentir alguma fadiga quanto ao teletrabalho. Para outras marcas, a Covid-19 forçou as lojas a reequacionar as mudanças nas atitudes dos consumidores, ao longo do ano passado, e a melhor otimizar o espaço físico num mundo de crescente digitalização”, conclui.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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