Fundos internacionais como o CVC e Carlyle e grupos como a Bright Foods estão a investir em empresas como a DIA e Campofrío.
De acordo com o jornal Expansión, a indústria alimentar espanhola está a atrair a atenção do capital estrangeiro, com os investimentos a ultrapassarem os 3.750 milhões de euros no último exercício. “A mudança de ciclo está a tornar interessante o investimento em Espanha e, concretamente, num sector tão ligado com a evolução da economia. Além disso, são indústrias muito atomizadas, mas, ao mesmo tempo, dinâmicas. Se a Alemanha é um mercado concentrado e com muita marca própria, em Espanha acontece o contrário, o que oferece oportunidades para o desenvolvimento do sector”, afirma José Antonio Zarzalejos, partner de Transações da PwC.
Os principais movimentos aconteceram entre 2014 e 2016, quando os preços eram mais interessantes, com os últimos 12 a 18 meses a assinalarem uma inflexão na tendência. Não obstante, 2017 continua a ser dinâmico e já foram feitos investimentos acima de 370 milhões de euros, tendo a DIA como principal protagonista. A principal transação foi a entrada do magnata russo Mikhail Fridman no capital do grupo retalhista espanhol.
A outra grande operação no sector da distribuição do país vizinho, excluindo os 1.000 milhões de euros pagos pelo sheik Al Thani por 12,5% do capital do El Corte Inglés, foi a compra, em 2015, da Miquel Alimentació, empresa com 90 anos e mais de 600 supermercados, pela chinesa Bright Foods, por 250 milhões de euros.
