O Grupo DIA corrigiu o valor do lucro líquido correspondente ao ano de 2017, passado dos 110 milhões de euros inicialmente contabilizados para 90 milhões de euros.
De acordo com o comunicado à Comissão Nacional do Mercado de Valores espanhola, este ajuste em 20 milhões de euros corresponde, na sua maioria, à sobrestimações feitas no encerramento daquele período nos descontos comerciais a receber dos fornecedores. Os cálculos foram também refeitos devido à diminuição do efeito patrimonial negativo de 70 milhões de euros para 56 milhões de euros, atribuível sobretudo ao negócio na Península Ibérica.
De acordo com a norma contabilística vigente, uma vez finalizado o processo de validação e confirmação daquele valor, e aquando da formulação das contas correspondentes a 2018, a DIA irá indicar os valores do ano anterior que tenham efeitos comparativos. 18 milhões de euros, e não 24 milhões de euros, como anteriormente indicado, correspondem a faturas pendentes de receber dos fornecedores que foram objeto de registo num período distinto ao que lhes correspondia. Outros 18 milhões de euros, em vez de 20 milhões, como anteriormente indicado, correspondem a estimativas de provisões que se arrastavam de um exercício ao outro, que não são significativas nem individualmente, nem no seu conjunto, e que a DIA decidiu registar no período correto correspondente.
O grupo explica que todas estas correções, ainda provisórias, têm como objetivo imputar a cada exercício os lucros e gastos correspondentes e que em nenhum dos casos representou movimentos de caixa.
Após a divulgação desta informação, as ações da DIA voltaram a atingir mínimos históricos, com perdas a rondar os 20%. Simultaneamente, a agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P) Global baixou em três níveis o rating da cadeia para BB-.
