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Curto prazo passou a dominar as estratégias de comunicação com a pandemia

Foto Shutterstock

A pandemia mudou a forma e os canais de comunicação. Em alguns casos, mudou mesmo os destinatários da comunicação.

Lídia Monteiro, diretora de marketing do Turismo de Portugal, foi uma das convidadas da primeira “marketing talk” do Portugal Digital Summit, onde explicou que o organismo encarregue da promoção internacional do destino Portugal decidiu não parar de criar conteúdos quando a pandemia se instalou e manteve ativos todos os esforços de comunicação. Com as fronteiras fechadas ou limitadas, mudou o público e a comunicação teve de se adaptar. “Este momento colocou os portugueses no centro. A comunicação é mais exigente porque os portugueses conhecem o seu país”, admitiu a responsável, que destacou a confiança como um elemento-chave. Dá aliás o exemplo do selo Clean and Safe, criado para dar um referencial às empresas das medidas sanitárias a cumprir e aos consumidores um sinal dessa confiança que precisava de ser recuperada.

 

Confiança

A confiança também foi um dos temas abordados por Filipa Montalvão neste debate. A cofundadora e managing partner da agência criativa WhiteWay elege como principal particularidade dos tempos vividos nos últimos meses o estado de emoção simultâneo em todo o mundo, o que, num primeiro momento, considera que foi até um facilitador da comunicação. “Passámos um momento em que estavam todos emocionalmente muito disponíveis para esta mensagem e o digital serviu para nos aproximar”, apontou.

O evoluir sem fim à vista da situação pandémica foi mudando a essência da mensagem, em linha com estados de alma e expectativas, que também foram mudando, e a comunicação, que começou por responder ao estado geral de ansiedade, passou o foco para a confiança. “Hoje, o novo normal já está a ser comunicado como normal”, acredita Filipa Montalvão.

Num âmbito mais abrangente, a responsável reconheceu que “a pandemia foi um projeto sem briefing” que obrigou a repensar estratégias. “Aquela ideia de olharmos para tudo a três ou cinco anos já não se aplica. Os planos de comunicação e as estratégias estão mais curtas, com implementação mais rápida”.

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