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Crescimento significativo da morosidade comercial na Alemanha

confiança do consumidor

Segundo o “Barómetro de Práticas de Pagamento 2023” elaborado pela Crédito y Caución, apenas 40% das faturas nas operações entre empresas na Alemanha é pago no prazo acordado. Esta taxa reflete um agravamento significativo de 24 pontos percentuais face aos 64% registado há um ano. 51% do crédito comercial que os fornecedores concedem aos seus clientes na cobrança dos seus produtos e serviços no mercado alemão é cobrado com atraso e 8% é incobrável.

Nos últimos meses, 30% das empresas alemãs sofreu um aumento dos prazos de pagamento dos seus clientes, acima dos 11% que registou uma diminuição. Até ao fecho de 2023, 59% das empresas alemãs prevê um crescimento na sua atividade e 51% espera poder ampliar as suas margens. Contudo, apenas 20% antecipa uma melhoria das práticas de pagamento dos seus clientes, muito abaixo dos 38% que espera uma deterioração.

A reação das empresas alemãs a um ano de subida das taxas de juros e de endurecimento da política monetária utilizada para lutar contra a inflação foi a necessidade de redesenhar as suas opções de financiamento empresarial. Isto representa um mudança clara no sentido de uma maior dependência do crédito comercial nas transações B2B, com 49% das empresas inquiridas a tomar este caminho e a pedir empréstimos, através das linhas de crédito comercial, aos seus fornecedores. Quando o fizeram, mais de um terço das empresas inquiridas afirmaram ter recebido menos volume de crédito comercial que o solicitado. Esta estratégia foi utilizada para evitar o pedido de empréstimos aos bancos, que se tornaram menos acessíveis devido ao aumento das taxas de juros. Apenas 39% das empresas inquiridas optou por empréstimos bancários“, explica o relatório.

 

Custos

A evolução dos preços teve um forte impacto no tecido produtivo alemão. Apenas 2% das empresas não sofreu alterações na sua estrutura de custos devido à inflação. O principal impacto produziu-se nos custos de armazenamento e manutenção de inventário (para 30% das empresas), seguido dos custos de produção (29%), da queda da procura dos seus produtos e serviços (18%), dos custos financeiros (13%) e dos custos laborais (8%).

Para proteger a empresa da falta de liquidez e evitar o risco de ficarem sem caixa devido aos atrasos nos pagamentos, 50% das empresas alemãs aumentou o tempo e os recursos alocados à cobrança de faturas não pagas, 36% reforçou os seus processos internos de controlo de crédito, 35% atrasou os pagamentos a fornecedores, disseminando os problemas de morosidade ao longo da cadeia de fornecimento, e 35% procurou financiamento externo.

 

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