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Crédito y Caución prevê uma recuperação desigual na zona euro

zona euro

Depois da forte contração registada em 2020, a Crédito y Caución prevê que a maior parte dos membros da zona euro recupere os níveis de PIB anteriores à pandemia, no final de 2022. No entanto, de acordo com a análise divulgada no mais recente Economic Outlook, o ritmo de recuperação será muito desigual.

Entre os países de maior dimensão, a Alemanha e os Países Baixos vão fechar este “gap” no terceiro trimestre de 2021, enquanto Espanha e Itália apenas o farão um ano mais tarde, no terceiro trimestre de 2022. A composição sectorial dos países do sul da Europa é mais vulnerável, devido à sua maior dependência do turismo, que continua a ser afetado pelas restrições relacionadas com a pandemia, em 2021.

Em conjunto, a Crédito y Caución prevê que o crescimento do PIB na zona euro alcance os 5% em 2021 e os 4,6% em 2022. Os riscos de queda destas projeções estão relacionados, principalmente, com a evolução da pandemia.

 

Exportações

O crescimento das exportações da zona euro abrandou no primeiro trimestre, devido às perturbações causadas pelo Brexit e às limitações relacionadas com o transporte e os suprimentos.

Não obstante, a Crédito y Caución prevê um crescimento médio das exportações de bens e serviços de 9,1%, em 2021, seguido de um aumento de 6,1%, em 2022. Também se prevê um crescimento do consumo privado próximo dos 7,1%, à medida que o mercado laboral recupera depois da perda acumulada de 4,7 milhões de postos de trabalho no primeiro semestre de 2020.

 

Inflação

Em 2021, uma combinação de fatores, entre os quais se destaca a evolução do preço da energia, irá impulsionar a inflação na zona euro. É provável que esta continue a aumentar até ao outono, sobretudo como consequência da anulação da redução temporária do IVA na Alemanha. O aumento da procura e as interrupções nas cadeias de valor podem fazer com que o aumento dos custos de produção seja repassado ligeiramente para os preços ao consumidor em alguns sectores.

Os incrementos são especialmente fortes no caso dos bens intermédios, principalmente no fabrico de madeira, papel, borracha, produtos de plástico e metais básicos. A Crédito y Caución prevê uma taxa de inflação média de 2,1%, em 2021, na zona euro, seguida de um abrandamento até 1,4%, em 2022.

Devido à prorrogação do apoio fiscal em 2021, o défice orçamental da zona euro situar-se-á próximo dos 6,9% do PIB. Espera-se que o ajustamento aconteça em 2022, reduzindo o défice orçamental para 4,1%, à medida que a pandemia diminua e se eliminem as medidas temporárias de apoio.

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