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Consumidores procuram ser prudentes na hora da compra para minimizar o impacto do aumento dos preços

A subida de preços afeta muitos dos portugueses e, para tentar minimizar o seu impacto no dia-a-dia, os consumidores procuram ser mais prudentes na hora da compra. Segundo o estudo Observador Cetelem Consumo, 43% está a optar por produtos mais baratos, 40% procura novas formas de poupança e 38% equaciona reduzir a quantidade de compras.

Para fechar o top 5 das estratégias adotadas dado o contexto, 28% dos entrevistados revela que passou a escolher produtos de marcas mais acessíveis e outros 28% menciona que espera pelos saldos e promoções para fazer as suas compras.

Observa-se, assim, que os consumidores estão mais sensíveis ao preço e apresentam, hoje, um comportamento mais prudente, procurando, para já, adotar formas de poupança e por comprar menos. Apesar de um em cada três referir que vai procurar produtos de marcas mais acessíveis, a grande maioria afirma que não optará por produtos de menor qualidade (80%).

 

Consumidores esperam também um esforço por parte dos comerciantes

Quando questionados sobre que medidas poderiam ser adotadas pelos comerciantes para evitar maior subida de preços, 42% dos portugueses inquiridos parece disponível para aceitar uma potencial redução da oferta, com menor diversidade de marcas e 39% de produtos. Já as opções de beneficiarem de um serviço de pós-venda mais básico (10%), ter menos assistentes de vendas (9%) ou ter apenas caixas registadoras automáticas (5%), sacrificando o atendimento humano e personalizado, não aparentam ser medidas bem acolhidas pelos consumidores. Proteger empregos no país (86%) é, aliás, um dos critérios mais importantes para a escolha de uma marca, a par do respeito pelos direitos humanos.

Face à subida dos preços dos combustíveis e da energia, 22% dos portugueses alterou ou estão a pensar alterar o meio de transporte que utiliza. Assim, 90% dos que alteraram o meio de transporte passou a usar os transportes públicos/coletivos e 16% vai optar por combinar viagens com familiares, amigos e colegas.

 

Portugueses usam poupanças para fazer face ao aumento de preços

De acordo com o estudo Observador Cetelem Consumo, três em cada 10 portugueses, face à inflação, já usou ou vão ter de usar as suas poupanças, nomeadamente, os inquiridos entre dos 35 aos 44 anos (33%) e dos 45 aos 55 anos (32%).

Face a esta situação, 28% dos inquiridos revela também que está a evitar pedir novos empréstimos com receio da subida das taxas de juro. E apenas 10% confirma um reforço das suas poupanças para um potencial imprevisto, sendo os mais jovens, dos 18 aos 24 anos, (13%) e os residentes na região Centro (16%) os que estão mais dispostos a fazê-lo.

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