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Consumidores mostram-se pouco otimistas quanto a 2023

A Ipsos pediu a mais de 24 mil cidadãos de 36 países para refletirem sobre o ano que passou e sobre 2023. Prevalece a incerteza sobre o futuro a curto e longo prazo, com os cidadãos globais a terem dificuldades em se mostrarem otimistas em relação a 2023. O estado da economia, do ambiente e da segurança mundial são as suas maiores preocupações.

Em média, em todos os 36 países analisados, 56% descreve 2022 como um mau ano para si e para a sua família. Ainda mais consumidores (73%) dizem que foi um ano mau para o seu país. No entanto, estes valores sugerem um certo grau de melhoria. Ambos são melhores do que os correspondentes para 2021 (58% e 77% respetivamente) e marcadamente melhores dos de 2020, quando 90% disse que tinha sido um mau ano para o seu país e 70% que tinha sido um mau ano para si e para a sua família.

No entanto, estes números mascaram um mundo muito distinto emocionalmente. Em 15 dos 36 mercados abrangidos, mais de 80% considera que 2022 foi um mau ano para o seu país, destacando-se a Grã-Bretanha e na Hungria, ambas 87%. Em apenas quatro dos mercados (Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, ambos com 44%, e China e Suíça, ambas com 48%) menos de metade dos inquiridos sente que 2022 foi um ano mau.

Pessimismo

Globalmente, há muito mais pessimismo sobre a economia. Apenas 46% acredita que a economia global será mais forte este ano, contra 61% que pensava o mesmo relativamente a 2022. Os belgas são os mais pessimistas em relação à economia, com apenas 27% a esperar melhorias, enquanto na China e nos Emirados Árabes Unidos, onde 78% e 76% antecipam, respetivamente, melhores tempos, os consumidores são os mais otimistas.

As razões deste pessimismo são claras. A grande maioria espera que os preços aumentem (79%), ver taxas de inflação mais elevadas (75%), maiores níveis de desemprego (68%) e a subida das taxas de juro (74%). Ainda mais preocupante, quase metade (46%) considera provável que o seu país tenha de vir a ser resgatado com financiamento de emergência do Fundo Monetário Internacional.

Segurança mundial

A segurança mundial esteve muito em foco em 2022, com zonas de conflito ativo em várias partes do mundo e as tensões internacionais a aumentarem de um modo geral. A possível escalada destes conflitos fez crescer a preocupação de que as armas nucleares sejam utilizadas. Quase metade (48%) considera agora que este é um cenário provável, e não uma mera possibilidade, subindo acentuadamente dos 34% do ano passado. Esta ansiedade é particularmente elevada na Indonésia (69%), assim como no Peru e na Colômbia (ambos 62%).

O papel da tecnologia na potencial perturbação também é reconhecido. Mais de quatro em cada 10 dizem que é provável que hackers de um governo estrangeiro causem uma paralisação global das TI.

Paralelamente, a maioria das pessoas em todo o mundo acredita que se vão acentuar as consequências das alterações climáticas, em 2023. Por exemplo, 65% (acima de 60% no ano passado) diz que é provável que haja eventos climáticos mais extremos no seu país no próximo ano. Mais de metade (57%) também considera que 2023 será, provavelmente, o ano mais quente de que há registo.

Sociedade

60% não antecipa mais confinamentos devido à Covid-19 no seu país, este ano, à medida que se regressa à normalidade.

Ainda não é claro até que ponto as mudanças nos padrões de trabalho que foram influenciadas pela pandemia vão persistir e continuar a evoluir. Apenas um em cada três acredita que se tornará normal as empresas do seu país implementarem uma semana de trabalho de quatro dias, durante este ano.

Globalmente, um em cada três diz ser provável que as pessoas no seu país se tornem mais tolerantes umas com as outras.

Expectativas

Mesmo com toda a negatividade e incerteza em torno do futuro, dois em cada três ainda esperam um ano melhor, em 2023, do que em 2022, variando de 36% dos japoneses a 85% dos brasileiros. O otimismo da China baixou de 94% em 2022 para 83% em 2023.

O otimismo para este ano diminuiu de forma significativa (mais de 10 pontos percentuais) em 24 países, com quedas particularmente importantes na Suécia (-26 pontos), Itália, Dinamarca e Coreia do Sul (-19 pontos) e Japão (-18 pontos).

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