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Após um abrandamento significativo em 2022 e 2023, as compras online estão novamente em alta, atingindo mais utilizadores e receitas do que nunca. No ano passado, mais de 2,5 mil milhões de pessoas em todo o mundo compraram bens de consumo online, 8,5% mais do que no ano anterior.
Segundo os dados apresentados pela Stocklytics.com, as vendas globais de comércio eletrónico atingiram um recorde de 4,12 biliões de dólares em 2024, um aumento de 15% em relação ao ano anterior e o dobro do valor de há cinco anos.
Crescimento das compras online estagna em 2022 e 2023
A adoção generalizada da personalização impulsionada por IA e checkouts mais rápidos melhoraram o envolvimento do cliente e aumentaram as taxas de conversão, ajudando o mercado a recuperar da quebra pós-Covid-19. Funcionalidades como o “quick-commerce”, compras sociais e novas opções de pagamento como “buy now, pay later” (BNPL) tornaram a compra online ainda mais atraente, impulsionando o crescimento das despesas nas plataformas digitais.
Segundo o The Digital 2025: Global Overview Report, em 2019, os compradores online gastaram 2,19 biliões de dólares, representando 12% do total de gastos dos consumidores nesse ano. A pandemia de COVID-19 impulsionou ainda mais as vendas de comércio eletrónico, atingindo um pico de 3,61 biliões de dólares em 2021, quando as compras online representaram 17,8% da despesa total.
No entanto, com a inflação e o aumento dos custos a reduzir o orçamento dos consumidores, esta tendência estagnou em 2022 e 2023. Embora o número de compradores online tenha continuado a crescer, a despesa média por utilizador diminuiu 20% em comparação com o pico de 2021 e atingiu cerca de 1.500 dólares em 2023.
17,3% de todos os bens de consumo foram comprados online em 2024
Mas com economias mais fortes e uma maior confiança dos consumidores, os gastos online recuperaram em 2024, aumentando quase 15% em relação ao ano anterior para um recorde de 4,12 biliões de dólares. O gasto médio por comprador também aumentou, subindo 5% para 1.620 dólares em 2024, embora ainda abaixo do pico de 2021.
As estatísticas também mostraram que as compras online representaram 17,3% do total de gastos com comércio no ano passado, ficando atrás apenas 0,5% do recorde de 2021.
Ainda assim, alguns países registaram gastos online ainda mais elevados. As estatísticas mostram que os compradores dos Estados Unidos e da China foram os que mais gastaram em comércio eletrónico, fazendo um terço de todas as suas compras online. O Reino Unido, a Coreia do Sul, os Países Baixos e o Canadá também classificaram acima da média global, com as compras online a representarem entre 18% e 23% das suas despesas totais.
Todos os outros países inquiridos ficaram abaixo da média global, incluíndo Portugal onde as compras online representaram 7,3% da despesa.
Moda e Alimentação geram quase 1,5 biliões de dólares em vendas
No que diz respeito ao que as pessoas estão a comprar, a moda e a alimentação continuam a dominar as compras online. O relatório Digital 2025: Global Overview Report mostra que as pessoas gastaram um enorme valor de 771 mil milhões de dólares em moda em 2024, mais do que qualquer outra categoria.
As compras online de produtos alimentares não ficaram muito atrás, com 680 mil milhões de dólares em vendas, cerca de 100 mil milhões de dólares a mais do que as compras de bricolage e melhorias domésticas, que ficaram em terceiro lugar.
A eletrónica e “media” também se encontram entre as principais escolhas, com 465 mil milhões de dólares e 439 mil milhões de dólares em vendas, respetivamente.
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