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Compras nas lojas físicas caem 12% em novembro

Foto Shutterstock

Após uma ligeira recuperação nos níveis de consumo em Portugal nos meses de verão e no último mês de outubro, a primeira quinzena de novembro voltou a registar uma quebra nas compras físicas na rede Multibanco, ou seja, um decréscimo de 12% face aos primeiros 15 dias do mês de novembro de 2019, revelam os dados SIBS Analytics.

Já no que se refere às compras online, para o mesmo período, verificou-se, em comparação com o ano passado, um crescimento de 32%, em linha com a tendência verificada ao longo do ano.

 

MB WAY cresce 350% nas lojas físicas

Olhando exclusivamente para as compras realizadas através de MB WAY, o serviço destacou-se de forma muito expressiva pelo seu crescimento face a 2019. Nas compras em loja, o incremento foi muito significativo ao longo de todo o ano, sendo que, entre julho e outubro, este crescimento foi cerca de 350%. Nos primeiros dias do mês de novembro, o aumento da utilização do serviço face a 2019 situou-se acima dos 300%.

Nas compras online, o uso de MB WAY também aumentou de forma destacada, crescendo cerca de 250% em novembro, em comparação com o mesmo período do ano passado.

 

Compras online em contraciclo com queda do consumo

Num panorama mais alargado, os dados do SIBS Analytics indicam que o ano de 2020 arrancou com um aumento nas compras físicas, num crescimento de 11% nos meses de janeiro e fevereiro face ao início de 2019. Mas, de seguida, o estado de emergência e o confinamento vivido em março e abril levaram a que o consumo em loja registasse uma queda abrupta, superior a 30%, em comparação com o período homólogo.

Apesar de em maio e junho a quebra ainda estivesse acima de 20%, iniciou-se uma recuperação lenta, mas contínua que, em outubro, quase permitiu atingir o mesmo número de compras físicas registadas em 2019. Em novembro, com o regresso de medidas restritivas, a quebra voltou a ultrapassar os 10%.

Nas compras online, o número de transações neste canal, em 2020, esteve sempre em tendência crescente face ao período homólogo, em contraciclo com a tendência geral de quebra de consumo, embora com algumas variações. A tendência passou de uma subida de 40%, em janeiro e fevereiro, para um incremento de apenas 12% no primeiro confinamento, com recuperação a partir de maio. As compras online foram também menos afetadas pelas novas medidas restritivas de novembro, continuando com crescimento homólogo semelhante aos quatro meses anteriores, como referido acima.

O valor médio das compras registado, nas duas primeiras semanas de novembro, foi de 36,2 euros em loja e de 34,4 euros no online, com uma variação de valor ao longo do ano de cerca de ~4% e ~7%, respetivamente.

 

Distribuição alimentar ganha preponderância

Analisando as compras físicas por sector, verificou-se, ao longo de todo o ano, um peso assinalável dos sectores de super e hipermercados, pequena distribuição alimentar, farmácias e parafarmácias, que chegaram a representar, no período de maior confinamento, 60% do total das compras realizadas pelos portugueses em loja – meses de março e abril -, representando agora 49% do total das compras, em linha com os últimos meses e num acréscimo de mais cinco pontos percentuais face aos meses de janeiro e fevereiro.

Nas compras online, os sectores do entretenimento, cultura e subscrições, comércio alimentar e retalho, restauração, “food delivery” e take-away representaram uma grande fatia das transações neste canal durante todo o ano, correspondendo neste momento a 40% do total de compras, um crescimento de mais 12 pontos percentuais face ao início do ano.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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