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Coca-Cola financia estudos que combatem o lixo marinho

Foto Shutterstock

A Coca-Cola premiou, no âmbito da terceira edição do Concurso Ibérico Mares Circulares, três estudos científicos e uma startup, para que possam continuar a desenvolver iniciativas de combate ao lixo marinho. Entre os vencedores do concurso está um estudo científico do Instituto Superior Técnico (IST). Cada um dos estudos recebeu 5.400 euros e a startup cinco mil euros de capital semente.

O concurso, coordenado pela Associação Chelonia com o apoio da Liga para a Proteção da Natureza (LPN), faz parte do programa Mares Circulares, um projeto em rede, promovido pela Coca-Cola em Portugal e Espanha e co-financiado pela The Coca-Cola Foundation, que integra a prevenção, a recolha e a sensibilização para combater a problemática do lixo marinho, promovendo ações de sensibilização e recolha de resíduos nas costas e nos fundos do mar, formação a jovens e grupos cidadãos e promovendo, ainda, a economia circular, através do apoio a estudos científicos e a startups com projetos para resolver a problemática do lixo marinho.

Nesta iniciativa, a Coca-Cola implementa a sua estratégia global World Without Waste, que na Europa Ocidental se traduz no plano de ação Avançamos. Um dos pilares do plano de ação – embalagens – preconiza o compromisso da marca em recolher e reciclar o equivalente a 100% das embalagens que vende.

 

Estudos premiados

O estudo de Maria Teresa Ferreira Cesário, da Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento (Lisboa) – “Valorização de macroalgas inteiras e residuais a bioplásticos e ingredientes proteicos sustentáveis para aplicação em alimentação aquática” – utiliza resíduos de algas usadas na extração de hidrocoloides para a produção de bioplásticos biodegradáveis (PHAs). Esta iniciativa visa também extrair uma proteína de algas para ser utilizada como ingrediente proteico na alimentação de peixes.

“Energy recovery of microplastics in hotspots in the Macaronesia (VALORIZAMAC)”, dirigido por Javier Hernández Borges, da Universidade de La Laguna (Santa Cruz de Tenerife), tem como objetivo minimizar o problema da contaminação por microplásticos nas costas da Macaronésia, através da procura de tecnologias para separar os microplásticos do sedimento, recolhendo-os, analisando-os e revalorizando-os através da análise do seu desempenho energético, a fim de os transformar numa fonte de energia.

“Plumbum”, liderado por uma equipa da Associação Hippocampus, composta por Juan Diego López Giraldo e José Luis Alcaide Sanjurjo (Murcia), pretende minimizar a presença de um metal pesado, como o chumbo, no fundo do mar, principalmente devido à perda de armadilhas e equipamentos de pesca. A sua geolocalização é vital para a recolha e posterior reincorporação no ciclo produtivo, promovendo uma economia circular e um modelo de responsabilidade social empresarial para a conservação do ambiente marinho e da biodiversidade.

 

Startup vencedora

Na categoria de startups, o prémio foi para “FYCH: Startup de base tecnológica dedicada ao desenvolvimento e comercialização de uma nova tecnologia para reciclar embalagens de multicamadas”, apresentado por Andrea Cabanes Gil e promovido pelos parceiros da startup: Andrea Cabanes, Oksana Horodytska, Andrés Fullana e a Alicante Science Park Foundation.

O projeto procura resolver as dificuldades na reciclagem de embalagens multicamadas graças à sua tecnologia de deslaminação, que está a ser melhorada e dimensionada, tornando possível a separação das camadas, para além de eliminação de tintas e adesivos. Graças a ela, materiais que atualmente não são reciclados podem ser recuperados, melhorando, assim, a qualidade do plástico para reciclagem e contribuindo para a economia circular.

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